
Parte da munição usada para matar Vinicius Gritzbach no aeroporto internacional de Guarulhos em SP é do mesmo lote daquela que foi disparada por criminosos durante grande assalto a bancos em Botucatu, há 5 anos. A comparação foi feita pelo Instituto Sou da Paz, organização social que atua na segurança pública e prevenção da violência. Os três lotes de munições foram comprados pela PM de SP entre 2013 e 2018.
O levantamento feito pelo instituto foi solicitado pela investigação do caso Gritzbach para identificar a sequência numérica das munições. Para a diretora do Sou da Paz, Carolina Ricardo, o desvio dessa munição indica que há participação da PM no fornecimento de armamento para o crime organizado; só não se sabe ainda como é que isso aconteceu e em quais condições, que é justamente o que está em processo de apuração.
A PM não confirmou que as munições pertencem ao mesmo lote. Contudo, a DIG Botucatu, que prendeu e condenou mais de 20 criminosos envolvidos no assalto na cidade em 2020, apurou que eles usaram munições desviadas de diversas instituições de segurança pública. Na cidade do interior, cerca de 40 bandidos se envolveram no assalto e atacaram ao menos três agências bancárias no centro da cidade, fazendo inclusive moradores de reféns e escudo humano enquanto fugiam. Na época já se confirmava a ligação deles com o PCC.

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