Força-tarefa da Lava Jato abriu a Operação Pedro no Caminho para cumprir 50 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão temporária de envolvidos em contratos irregulares da obra norte do Rodoanel de SP. As ações focaram alvos nas cidades de Ribeirão Preto, Bofete, Arujá e Carapibuíba, todas em SP, e Marataízes, no ES. Os envolvidos são ex-diretores da Dersa, que é órgão do Governo do Estado, e executivos das construtoras OAS e Mendes Júnior.
Por meio de nota, o Ministério Público Federal (MPF) disse que são investigados crimes de corrupção, organização criminosa, fraude à licitação e desvio de verbas públicas. As obras do Rodoanel tiveram recursos da União, do Estado e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com fiscalização da Dersa. Irregularidades e superfaturamento levaram a prejuízo de centenas de milhões de reais, segundo o MPF, através de aditivos contratuais desnecessários. O Tribunal de Contas da União (TCU) constatou superfaturamento de R$ 33 milhões e manipulação proposital de contratos para ocultar impacto financeiro em acréscimos indevidos que passam dos R$ 600 milhões.
(FOTO: Eduardo Saraiva/Reprodução – Obra do trecho norte do Rodoanel de SP, apelidado de “RouboAnel”, tamanho os desvios financeiros que teriam sido praticados na obra)
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