O pior aconteceu na Santa Casa de Jaú. Nesta 2.a feira (25), ofício assinado pela gerência-administrativa, chefia do Pronto Socorro e diretorias Técnica e Clínica do hospital, encaminhado ao Departamento Regional de Saúde (DRS) e Central de Regulação de Ofertas de Vagas e Serviços de Saúde (CROSS), expõe o desespero em relação ao crescimento de casos de Covid-19 na cidade e a demanda de pacientes na Santa Casa.
“Não sabemos mais o que fazer, chegamos ao colapso”, resume o documento. Antes, deixa claro que o hospital trabalha “acima do seu limite estrutural e humano” e que, além dos leitos de enfermaria e de UTI específicos para Covid, já está usando consultórios médicos e as salas de sutura, de observação e de emergência para acomodar pacientes. Em tom desesperador, pede apoio à DRS e CROSS “para encaminhar os pacientes [para outros hospitais de referência SUS da região], independente da patologia (da doença)”.
“Não temos ais espaço físico, não há mais leitos com saídas de oxigênio disponível”, advertem os dirigentes da Santa Casa de Jaú. Pela manhã, boletim emitido pelo hospital indicava 107 pacientes hospitalizados com suspeita ou confirmação para Covid; à tarde já eram 115. A taxa de ocupação de leitos de enfermaria passava dos 153% e, na UTI, se aproximava dos 120%. “Trinta desses pacientes estão no Pronto Socorro, sendo que dez aguardando vaga na UTI”, alertou o documento ao DRS e CROSS.
Último boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura, na tarde de hoje, indicou 124 mortes por Covid de pessoas residentes na cidade (11 a mais do que na 2.a feira passada), 74 de pacientes da região encaminhados para tratamento em Jaú, 4 óbitos sob investigação, 6.081 casos confirmados da doença, 325 suspeitos aguardando resultados de exames e 5.179 curados.
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