Não é exagero nenhum dizer que a frota municipal de Jaú está no bagaço. O sucateamento é tão grande que não há veículos nem maquinário disponível para atender sequer a demanda corriqueira de serviços no município. A Defesa Civil, por exemplo, está usando veículo ‘emprestado’ de outros setores da Administração há 4 meses e não tem previsão de quando terá consertada a viatura própria, “já bem antiga”, segundo admite o próprio coordenador Valdir Baltazar.
“No momento estamos sem veículo próprio e utilizamos carros da Guarda Municipal ou da Secretaria de Projetos”, confirmou em entrevista ao HORAH. Valdir disse que a viatura apresentou “problema de vazamento”, foi ao mecânico, “ele mexeu muito, o orçamento ficou absurdo e a Prefeitura, no momento, não pode arcar” com o conserto. Esse ‘no momento’, entretanto, contabiliza 4 meses. “É indispensável que a gente tenha veículo próprio”, observa Valdir, que voltou a “mexer com os orçamentos”, mas prefere não estimar o tempo que ainda vai levar para a viatura voltar à ativa. “Não depende de mim”, concluiu.
O coordenador da Defesa Civil também confirmou que o setor não dispõe sequer de lona preta utilizada geralmente quando há ocorrência de destelhamento – coisa comum nessa época de chuva. “No momento não tem”, informou, dizendo, entretanto, que não tem utilizado o material “há aproximadamente um ano e pouco” e não compensa tê-lo em estoque, porque “tem prazo de durabilidade”.
QUEBRADO – A frota municipal na gestão do prefeito Rafael Agostini segue no sucateamento extremo. Esta semana, caminhão que “acabou de sair da manutenção”, segundo o empresário e mecânico Márcio Almeida, do grupo de apoio Ideal PX de Jaú, quebrou novamente. “Quebrou o eixo cardan. Isso é por falta de manutenção preventiva”, disse ao HORAH, ao encaminhar fotos do veículo.
Antes usado na coleta de lixo, o caminhão foi reformado na Prefeitura e quebrou ao puxar esterco para a horta comunitária do Jd. Itamarati, Zona Norte. Do jeito como parou, atravancou o trânsito na Rua Alvarino Gomes de Oliveira e Silva. “Eles (na Administração) esqueceram que só tinta não faz o caminhão andar”, desabafou Márcio. Vizinhos da horta pedem a troca do lugar em que fica o portão de acesso, com medo de um veículo da Prefeitura “ficar sem freio e invadir uma casa”.
MAIS PROBLEMA – Há 2 semanas, cavalo atropelado na pista da vicinal que liga a cidade ao distrito de Potunduva, matando uma jovem de 22 anos, ficou ao lado da estrada por 2 dias. Sem ter como remover o animal e enterra-lo, a Secretaria de Proteção e Direito dos Animais sequer se pronunciou a respeito, apesar de procurada insistentemente pelo HORAH. Sitiantes vizinhos se juntaram, arrastaram e enterraram o animal.
HORAH – Você bem informado