No tranco – PRESSIONADA PELO FRIO, PREFEITURA FINALMENTE ANUNCIA ACOLHIMENTO

De novo o abrigo será no ginásio Dr. Neves, mas, desta vez, evitando aglomerações (FOTO: G1)

ANTES DESCARTADO, ABRIGO SERÁ NOVAMENTE EM GINÁSIO DE ESPORTES

Foram necessárias duas frentes frias com baixíssimas temperaturas para a Secretaria da Assistência Social da Prefeitura de Jaú finalmente anunciar o acolhimento de pessoas em situação de rua. Assim mesmo, vai ter início somente na 5ª feira (28), quando a previsão é de que o frio mais intenso deste fim de maio já terá passado. E o local será o mesmo de sempre, no ginásio de esportes Dr. Neves, Centro.

Na frente fria do dia 7 para 8 deste mês, quando a mínima foi de 10 graus centígrados, o secretário Alexandre Pereira da Silva disse ao HORAH que já estava “conversando com uma entidade assistencial para tentar parceria” e acolher as pessoas. “Algo que não seria no ginásio (de esportes), do jeito que é todo ano, pra gente controlar melhor a aglomeração”, ressalvou, dizendo ainda que “a ideia nossa é ter um local mais adequado e preparado”.

Mas não foi isso o que aconteceu. No sábado (23), surpreendido pela grande frente fria que segue atuando sobre o Estado, o secretário informou que a Prefeitura faria o acolhimento de 28/5 a 31/8, “no ginásio Dr. Neves, a partir das 19h”. No local, as pessoas terão abrigo, banho quente e uma refeição (jantar), além de kits de cobertor, lençol, toalha e produtos de higiene. Alexandre observou que “o abrigo só não está funcionando ainda devido dificuldades em comprar equipamentos de proteção individual (EPIs)”, diz e-mail à imprensa.

SEM PLANEJAMENTO – No início do mês, frente aos questionamentos do HORAH, o secretário havia dito que “o ano inteiro tem frente fria” e que “se toda vez tiver de montar abrigo por causa de um final de semana frio vai gerar só gasto, custo, e não terá a aceitação por eles (moradores de rua)”. Dessa maneira, pessoas em situação de rua sofreram na pele os efeitos de ao menos duas frentes frias, por evidente falta de planejamento do Poder Público, que se limitou à distribuição noturna de alimentos e cobertores a quem estava ao relento.

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