Ex-prefeita de Vera Cruz, região de Marília, Renata Devito é alvo de nova ação por improbidade administrativa proposta pelo MP-Ministério Público e aceita na última 6.a feira 5 pela Vara da Fazenda Pública. Desta vez, Renata é acusada de ter mantido em cargo público o servidor comissionado Marcos Antônio Eduardo, mesmo depois de proibição judicial transitada em julgado (ou seja, sem possibilidade de mais recurso).
A decisão final da Justiça é de 2017, quando Marcos foi condenado à perda do cargo público, suspensão dos direitos políticos por 5 anos e proibição de contratar com o poder público, além de reparação do erário no valor de R$ 105,9 mil, após superfaturamento de licitação de serviços de iluminação pública em Vera Cruz em 1998. Contudo, mesmo sabendo disso, Renata manteve Marcos em cargo comissionado e ainda o nomeou para outras funções posteriormente, tendo sido chefe de gabinete em 2019 e, em seguida, secretário de Gestão Fiscal e Planejamento.
O promotor Oriel da Rocha Queiroz entendeu que a então prefeita agiu com dolo (culpa), facilitando inclusive o enriquecimento ilícito de Marcos. Nesta nova ação, o representante do MP pede a reparação dos cofres públicos, multa equivalente ao dobro desse valor, perda de eventual função pública, suspensão dos direitos políticos por 12 anos e demais sanções.
Renata Devito já foi cassada em 2020 após CP-Comissão Processante aberta pela câmara entender que ela foi culpada na contratação de seguro para a frota municipal, incluindo veículos sucateados. Procurada pela imprensa, a ex-prefeita disse que ainda não tomou ciência da nova ação por improbidade.
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