Pedintes, alcoólatras, drogados e moradores de rua literalmente montaram acampamento na Praça Maria Izabel, ao lado da Basílica de São Bento, Centro de Marília. O problema não é novo, mas agravou nos últimos meses, provocando reação de comerciantes, moradores do entorno da praça e população que diariamente cruza o local em direção a bancos, serviços de saúde, estabelecimentos comerciais e a própria Igreja. Queixas chegaram inclusive ao Gabinete do Prefeito, falando em ‘completo abandono’ da praça.
RECURSOS – Questionado pelo HORAH, Daniel Alonso disse que a Administração conhece o problema e que a solução “passa pelos R$ 23 milhões” que o Município pretende financiar em breve – autorização foi aprovada pela Câmara, mas projeto voltou ao Legislativo para corrigir a nomenclatura de um órgão fiscalizador e nova votação está prevista para o início de novembro. “De fato, há um projeto muito bonito de revitalização dessa e outras praças, de nova iluminação na cidade e outras benfeitorias”, explicou o secretário da Fazenda Levi Gomes, lembrando que a Câmara apenas autoriza o financiamento, que dependerá, depois, de todo o trâmite necessário para ser efetivado.
COMPLEXO – Secretária da Assistente Social, Wânia Lombardi diz que se trata de “uma situação muito complexa” naquela praça. Duas equipes de abordagem, Centro Pop, Casa de Passagem e Fumares, segundo ela, trabalham “com capacidade máxima” em todos os pontos vulneráveis da cidade, e, em breve, também contará com o Consultório Na Rua, com equipe multidisciplinar de Saúde e Assistência Social para atender pessoas em situação de rua. Indagada sobre a persistência do problema, ela disse que “a esmola ainda é um grande dificultador (porque ajuda a perpetuar a situação)”, além de “algumas cidades do entorno, que literalmente despejam pessoas aqui”.
CONTROLE – Os serviços de Assistência Social, afirma Wânia, atuam diariamente “retirando e encaminhando pessoas (que estão nas ruas), mas, no dia seguinte, aparecem outras, de cidades vizinhas”. “É um trabalho diário”, ressalta. Quanto à Praça Maria Izabel, ela cita entidades que também atendem moradores de rua e que não barram “embriagados e drogados, como acontece nos nossos serviços” – essas pessoas, então, preferem permanecer na praça à espera de refeições ou passagens para viajar, do que parar de beber ou usar drogas para ter o acolhimento municipal.
HORAH – Você sabe das coisas