ELAS ALEGAM ‘GRANDE DESEQUILÍBRIO ECONÔMICO’ COM PASSAGENS DE MARÍLIA EM R$ 3,80
Pedido de reajuste de 64,2% na tarifa dos ônibus urbanos de Marília assustou pelo índice elevado, provocou críticas da população nas redes sociais e levou o presidente da Câmara a fazer repúdio público contra as empresas Grande Marília e Sorriso. “Repudio este pedido de aumento. As empresas prestam um serviço péssimo, as linhas apresentam superlotação – colocando a população em risco de contrair a Covid-19 – e ainda querem aumento?”, disse Marcos Rezende.
Ele fez um vídeo distribuído nas redes sociais na tarde desta 4ª feira (16), tão logo tomou conhecimento do pedido protocolado pelas empresas na Prefeitura. No documento, elas são representadas pela AMTU (Associação Mariliense de Transportes Urbanos). “Só a intenção [do aumento] já é motivo de nosso repúdio”, reforçou o presidente, afirmando que “nada justifica este pedido”. Marcos também conclamou o prefeito Daniel Alonso e os vereadores a protestarem contra as empresas.
Caso o pedido de 64,2% seja atendido, a tarifa dos ônibus saltará dos atuais R$ 3,80 para R$ 6,24. Um reajuste nominal de R$ 2,44 na passagem. No pedido, a AMTU alega “grande desequilíbrio econômico-financeiro” do contrato de concessão do transporte coletivo, agravado pela queda no número de passageiros transportados e elevado aumento dos insumos. Até os gastos com higienização e desinfecção dos ônibus por causa da pandemia da Covid foram citados.
As empresas assumiram o serviço de transporte urbano em Marília em maio de 2013, no início do governo Vinícius Camarinha. Até então, a antiga Empresa Circular de Marília operava o transporte e discutia a licitação dos ônibus na Justiça. O último reajuste obtido pelas novas empresas foi em março de 2019, já na gestão de Daniel e depois de quatro anos sem nenhum acréscimo. O aumento foi de R$ 0,80 por passagem (26,6%), subindo o preço de R$ 3 para R$ 3,80 – que perdura até hoje.
HORAH – Você bem informado
