Operação Querubim – PADRE ADMITE À POLÍCIA QUE GUARDAVA VÍDEOS E FOTOS DE PORNOGRAFIA INFANTIL

Denismar foi ordenado padre ano passado e celebrava missas em paróquia na Zona Sul de Marília: pagou fiança e foi liberado, após admitir que armazenava pornografia infantil (FOTO: Arquivo Pessoal/Reprodução)

Preso na Operação Querubim para combate à pedofilia e pornografia infantil, padre Denismar Rodrigo André, 42 anos, confirmou à delegada de Defesa da Mulher de Marília, Cristiane Braga, que baixava na internet e salvava imagens de exploração sexual. “Ele disse que só baixava para olhar nos arquivos. Até o momento não há denúncia de que ele seja autor de algum abuso sexual físico contra crianças”, disse.

APREENSÕES – Na casa da família do padre, onde ele também residia, em Tupã, policiais apreenderam pen drive, notebook, HD externo, celular e computador com material de exploração sexual infantil, além de brinquedos, ursinhos de pelúcia e bonecas. Ordenado padre em 2018, Denismar celebrava missas na Paróquia N.S. de Fátima, Zona Sul de Marília. A prisão dele foi com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que pune o armazenamento de pornografia infantil, mas a polícia ainda investiga se ele compartilhava o conteúdo na internet. Após pagar fiança, Denismar foi liberado e responderá pelo crime em liberdade.

Material apreendido na casa da família do padre Denismar: mídias com pornografia infantil, brinquedos, ursinhos de pelúcia e bonecas (FOTO: Polícia Civil/Reprodução)

IGREJA – Bispo D. Luiz Cipolini emitiu nota à imprensa dizendo que a Diocese de Marília “está consternada” com os fatos, se colocou à disposição para ajudar nas investigações, afastou o padre e disse não compactuar de comportamentos que ferem o ministério sacerdotal e a dignidade humana.

OPERAÇÃO – Além do padre, mais 11 pessoas foram presas na Operação Querubim, chefiada pelo Deinter-4 Bauru na manhã da 4ª feira (10). As prisões foram efetuadas em 8 cidades, entre elas Marília, Bauru e Jaú. As investigações que levaram à operação contra a exploração sexual infantil tiveram início há 4 meses. Não foram divulgados nomes dos presos, mas sabe-se que entre eles estão empresários, um cantor e um fotógrafo de Marília e, em Bauru, um analista de sistemas de um banco público.

(c/ informações G1)

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