A demora da Prefeitura de Jaú em repassar recursos para complementar os salários dos profissionais da enfermagem provocou críticas tanto dos servidores quanto do sindicato dos funcionários públicos, o Sinfunpaem. Postagem na página oficial do sindicato feita na tarde desta 6.a feira (10), assinada pelo presidente Edenilson de Almeida, divulga o valor depositado pelo Governo Federal na conta da prefeitura e ataca a demora em liberar o dinheiro para os trabalhadores.
“O dinheiro chegou dia 31 de outubro e até hoje, dia 10 de novembro, não foi repassado. Isso é uma vergonha, pois com tantos cargos de assessores, gerentes, diretores e chefes nesta secretaria (de Finanças), o serviço não anda”, desabafa Edenilson. “Até quando a secretaria vai ficar com o dinheiro do repasse da enfermagem?”, questiona.
Como o prefeito Jorge Cassaro declarou publicamente que os concursados fazem corpo mole e não deixam a prefeitura funcionar direito, sugerindo que são ‘vagabundos’, o sindicalista Edenilson contra-atacou: “Prefeito, tá na hora de tirar esses cargos de confiança que só atrapalham. Pelo jeito, os ‘vagabundos’ não são os concursados. Queremos esse dinheiro na segunda-feira na conta dos servidores”.
Os valores já repassados pelo Fundo Nacional da Saúde para o município a título de suplementação para pagamento do piso da enfermagem (que não é seguido em Jaú) também foram divulgados na mesma postagem do Sinfunpaem. A prefeitura recebeu R$ 1,680 milhão dia 22/8, no primeiro repasse; R$ 1,961 milhão em 29/9; e, agora, R$ 747,5 mil (os valores correspondem às informações sobre os cargos e a quantidade de profissionais que a prefeitura encaminha para o Ministério da Saúde).
AVALIAÇÃO FUNCIONAL – Outro problema relatado hoje para o sindicato foi sobre avaliações funcionais na prefeitura. Também por meio de postagem nas redes sociais, o sindicato classificou avaliações feitas pela Secretaria da Mobilidade Urbana como “ridículas”, o que “só demonstra o despreparo de alguns comissionados do alto escalão” e de “secretários mal intencionados, assediadores, perseguidores, torturadores do psicológico” dos trabalhadores.
Questionado por HORAH, Edenilson falou que vem estudando o caso com a equipe jurídica do sindicato. “Vimos em várias secretarias avaliações sem critério técnico, com base apenas em nítida perseguição pessoal. Situações em que está evidente que o secretário descarrega a raiva dele contra concursados”, comentou.
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