A Justiça não acatou pedido do Ministério Público (MP) para prender preventivamente o delegado mariliense Vinícius Martinez, 28, que fez os disparos com arma de fogo no acesso ao recinto onde acontecia a festa do peão de Promissão, região de Lins, matando a adolescente Katrina Martins, 16, na madrugada do domingo 4. Ele não estava de serviço quando foi à festa e, segundo alegou, disparou para o chão na tentativa de conter homem alterado que desacatou PMs ao forçar entrada no recinto com bebidas alcoólicas; um dos tiros acertou o pescoço de Katrina.
Há vídeo mostrando o momento da confusão na porta do recinto, onde é possível ouvir os tiros; logo depois, há uma pessoa caída no chão e outras que correm para socorrê-la. Katrina chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu; o delegado disse que não percebeu nada, entrou no recinto e foi informado depois do que havia acontecido, momento em que se apresentou à polícia para esclarecimentos e foi preso em flagrante. Porém, na 2.a feira 5 ele passou por audiência de custódia, pagou 20 salários mínimos de fiança e foi colocado em liberdade.
O MP pediu a prisão preventiva na 3.afeira 6, alegando “grave risco de dano irreparável à sociedade”, mas a Justiça avaliou “não vislumbrar, de plano, os requisitos necessários à concessão da tutela”, negando o pedido. Já a defesa do delegado Martinez informou por meio de nota que ele está à disposição da Justiça, que sente a dor da família de Katrina e que sempre agiu em defesa da sociedade — ou seja, que o ocorrido foi uma fatalidade, sem qualquer intenção da parte do delegado.
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