Pegou mal – CPI DA COVID PROPÕE ASSESSORIA POR R$ 350 MIL; relator desiste e retira assinatura

Agora, Negão desaprova contratação de assessoria (Foto: Divulgação)

Pegou muito mal. A CPI da Covid instaurada há 4 dias na Câmara de Marília enfrenta conflito entre seus três membros, quanto à necessidade de contratar empresa especializada para prestar assessoria técnica e contábil por valor que pode chegar a inimagináveis R$ 350 mil (VEJA DOCUMENTO NO FINAL DA MATÉRIA). Um dia após o pedido da contratação ter sido protocolado na Câmara, o relator da comissão, vereador Ivan Negão, alega ter feito “breve reanálise” e concluído pela “desnecessidade da contratação”, solicitando “a retirada da sua assinatura” do documento.

Ajeka, Vânia e Negão: CPI nem começou e já quer gastar com assessoria (Foto: Reprodução)

O relator admite em requerimento protocolado por ele na Câmara, nesta 5.a feira (6), que entende “prematura a necessidade da citada contratação”, preferindo aguardar “o agendamento das oitivas [de testemunhas] e documentos já solicitados” em protocolo anterior. Essas idas e vindas nesses poucos dias antes de a CPI iniciar efetivamente os trabalhos, precedem alegada apuração de gastos e possíveis omissões da Prefeitura no enfrentamento à pandemia da Covid-19 em Marília. Para instaurar a CPI foram aventadas compras superfaturadas de insumos e alegada a necessidade de economia, princípio que, pelo visto, não foi considerado pelos membros da comissão ao pedirem a contratação de suporte para um trabalho que nem começou.

O presidente Élio Ajeka, a membro Vânia Ramos e o relator Ivan Negão (que retirou a assinatura) dizem no requerimento encaminhado ao presidente Marcos Rezende que tal suporte se faz necessário diante “da quantidade de documentos, planilhas, notas fiscais, portarias e o prazo relativamente curto de apuração dos fatos”. A empresa especializada pretendida por eles foi classificada como “de extrema importância e de grande interesse de toda a população”. E para justificar o valor, eles citaram até mesmo a comum devolução de parte do duodécimo (orçamento) da Câmara à Prefeitura. “Vou despachar nos próximos dias, com base nos princípios da real necessidade e da economia”, disse Marcos Rezende após consulta feita pelo HORAH.

HORAH – Informação é tudo

CPI cita valor de assessoria que pode chegar a R$ 350 mil, dinheiro suficiente para comprar mais de 4,3 mil cestas básicas, por exemplo: pegou mal (Foto: Reprodução documento oficial)