Pernas amputadas são entregues em caixa de papelão a familiares do paciente

Pernas foram entregues à família em caixa de papelão (FOTO: Reprodução)

HOMEM SOFREU ACIDENTE DE MOTO NO DOMINGO, PERDEU UMA DAS PERNAS NO LOCAL E A OUTRA TEVE DE SER AMPUTADA NO HOSPITAL; sem documentação para sepultar os membros, situação continuava indefinida na manhã desta 2.a feira 10

“Foi muito constrangedor”, resumiu uma sobrinha do pedreiro Deonir Teixeira da Paixão, 46 anos, ao contar como a família recebeu uma caixa de papelão fechada com fita crepe, com as duas pernas dele amputadas. “Disseram que se a gente não recebesse para enterrar, eles iriam descartar no lixo hospitalar”, concluiu a parente, que preferiu não dar o nome. Os familiares foram chamados ao Hospital Regional de Paraíso do Tocantins na noite do domingo 9, depois que Deonir sofreu acidente de moto, perdeu uma das pernas no local e precisou ter a outra amputada pelos médicos.

O choque foi tamanho que os familiares não sabiam o que fazer e procuraram o serviço funerário. O funcionário do local, com 14 anos de experiência, disse nunca ter visto situação semelhante, pois toda vez que “entregam um membro (amputado), eles pegam no necrotério”, comentou a sobrinha da vítima. Na manhã desta 2.a feira 10 as pernas de Deonir ainda não tinham sido sepultadas, porque o cemitério exigia a documentação necessária.

Em nota, a secretaria estadual de Saúde do Tocantins informou que em casos desse tipo a unidade hospitalar deve informar a família sobre o procedimento adequado, e que “a equipe multiprofissional não soube explicar o trâmite à família, que decidiu levar os membros” embora. Por fim, admitiu ter havido “falha no trabalho de comunicação”, pois há regramentos estabelecidos em lei para situações desse tipo.

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