Perseguição política – SECRETÁRIO É CONVOCADO PARA EXPLICAR DEMISSÃO DE PROFESSORA

Professora já recebeu apoio em manifestação em frente à Câmara (FOTO: Arquivo Pessoal/Reprodução)

CONVOCAÇÃO FOI FEITA PELA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DA CÂMARA DE JAÚ, DURANTE MANIFESTAÇÃO EM DEFESA DE CRISTIANE BANHOL

 

O secretário de Governo Paulo Ivo foi convocado pela Comissão de Educação da Câmara Municipal e terá 8 dias para comparecer em plenário para explicar a demissão da professora Cristiane Banhol. Os 3 integrantes da comissão assinaram o requerimento de convocação elaborado pelo membro Mateus Turini, mas o outro membro Bill Luchesi e o presidente Tito Coló foram pressionados por manifestantes em frente à Câmara, aos gritos de “Assina!”.

Vereador Mateus foi autor de convocação de secretário, apoiada por integrantes da Comissão de Educação (FOTO: Arquivo Pessoal)

Cartazes foram levados para dentro da Câmara e exibidos aos vereadores (FOTOS: Arquivo Pessoal)

Professores, pessoal da Educação, dirigentes sindicais e apoiadores compareceram à manifestação divulgada durante a semana, aproveitando a retomada das sessões presenciais na Câmara. Cartazes faziam menção a perseguição política e tentativa de calar a categoria. O requerimento elaborado pelo vereador Mateus foi embasado no Artigo 15 da Lei Orgânica, combinado com o 201 do Regimento Interno da Câmara.

Cristiane Banhol foi demitida em agosto, após o governo Ivan Cassaro desarquivar processo administrativo de 2020, da administração passada, que havia decidido pela suspensão da professora por 15 dias. Motivo: no início da pandemia, ela cobrou equipamentos de proteção para profissionais da Saúde, como luvas, máscaras, aventais e álcool em gel. Ao reanalisar o processo, o secretário de Governo Paulo Ivo disse ter encontrado irregularidades e sugeriu ao prefeito anular a suspensão e demitir Cristiane. Ivan acatou e assinou a demissão dela.

O advogado da professora, Waldemir Soares Jr, do CSP-Conlutas, que atua em defesa de ativistas sociais, já apresentou defesa administrativa e aguarda o resultado. Ele não descarta ingressar judicialmente para reintegrar a professora ao quadro do magistério municipal, além de solicitar indenização. Para o advogado, o quadro é característico de perseguição política; o vereador Mateus, que também é professor, mas do Estado, não tem dúvida disso.

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