Polêmica – CÂMARA VOTA REESTRUTURAÇÃO DA PREVIDÊNCIA MUNICIPAL E REJEIÇÃO DAS CONTAS DE CAMARINHA

Servidores na Câmara, contra mudanças previstas no projeto de lei (FOTO: Divulgação/Sindimmar))

SESSÃO SERÁ NA TARDE DESTA 4ª FEIRA (3); veja todos os detalhes aqui

 

Sessão da Câmara desta 4ª feira (3) promete polêmica em Marília. Primeiro, por causa do projeto de lei complementar 22/2021 da prefeitura, que reestrutura o regime próprio de previdência social dos servidores (RPPS), o IPREMM e cria o Plano de Carlos e Salários; segundo, pela nova votação das contas de 2003 e 2004 do ex-prefeito Abelardo Camarinha. Prorrogada de 2ª feira (1) devido ao feriado de Finados, a sessão terá início às 16h.

Ao justificar o projeto 22/21, o prefeito Daniel Alonso diz que o objetivo é “adequar a legislação municipal ao novo sistema previdenciário brasileiro”, de 2019, sob pena “de não conseguir promover o reequilíbrio atuarial que sustenta, a longo prazo, o pagamento dos benefícios previdenciários” dos servidores. Hoje esse déficit é de mais de R$ 183,9 milhões. Entre as muitas medidas propostas, está o aumento da contribuição previdenciária para 14% sobre os salários dos servidores e para 16%, no caso da prefeitura (patronal).

Servidores protestaram na Câmara para mudar projeto (FOTO: Divulgação/Sindimmar)

O sindicato dos servidores (Sindimmar) chegou a propor um escalonamento dessas alíquotas conforme o salário e recolhimento de 28% pela prefeitura. A equipe econômica entendeu que a única maneira de conseguir reequilibrar as contas do IPREMM e da forma como foi proposto originalmente. Tal qual já aconteceu nas sessões anteriores da Câmara, servidores deverão acompanhar os trabalhos.

Camarinha fica inelegível (de novo) se rejeição de contas for aprovada na Câmara (FOTO: HoraH)

Outras duas matérias polêmicas estão na Ordem do Dia: a votação da rejeição das contas do ex-prefeito Camarinha, referentes aos exercícios de 2003 e 2004. Ambas já foram rejeitadas pela Casa, mas o político recorreu para anular as votações alegando não ter sido devidamente citado e não ter tido amplo direito de defesa. Essas etapas foram cumpridas à risca e as contas voltam agora à votação; caso sejam rejeitadas, Camarinha fica inelegível, apesar de já estar com os direitos políticos cassados por outros motivos.

No exercício de 2003, segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE), Camarinha investiu menos do que o mínimo legal na Educação, não aplicou o mínimo exigido dos recursos do Fundeb para valorização dos profissionais da Educação e pagou só 0,1% de precatórios, entre outras irregularidades. Em 2004 descumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), contratando despesas sem a existência de recursos financeiros, ampliando o déficit financeiro e aumentando a dívida líquida de curto prazo etc.

HORAH – A verdade dos fatos