POLÍCIA INVESTIGA CAUSA DE INCÊNDIO NA ANTIGA CMN

Com paredes bloqueando acessos ao prédio, Bombeiros tiveram trabalho dobrado (Foto: Divulgação/Bombeiros)

FOGO SE ALASTROU PELO PRÉDIO NA NOITE DO SÁBADO (3); EM 2005, LOCAL JÁ HAVIA PASSADO POR INCÊNDIO CRIMINOSO

A polícia de Marília investiga as causas do incêndio que atingiu o prédio da antiga Central Marília Notícia (CMN), principal grupo de comunicação da cidade extinto após lacração das rádios Dirceu AM e Diário FM pela Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel) e do fechamento do jornal Diário de Marília, alvos da Operação Miragem da Polícia Federal, deflagrada em 2016.

Bombeiros usaram várias equipes no combate ao incêndio…
Foram cerca de 2 horas de trabalho até controlar as chamas (Fotos: Divulgação)

O fogo começou no térreo e se alastrou para os dois andares do prédio, na Rua Cel. Galdino, Centro, por volta das 22h do sábado (3). Várias equipes do Corpo de Bombeiros atuaram no combate às chamas, só controladas por volta da meia-noite. Não houve registro de feridos. Há relatos de que uma porta envidraçada teria sido quebrada, podendo ter sido passagem para vândalos ou drogados, suspeitos de atear fogo no prédio, já que a energia está desligada.

Todos os demais acessos foram lacrados por paredes de tijolos pelo atual proprietário do imóvel, que despejou a CMN e tenta vendê-lo por R$ 2,9 milhões. A polícia compareceu ao local e realizou perícia na tentativa de identificar a causa do incêndio. Papeis, o chamado ‘arquivo morto’ do jornal e alguns móveis que ainda restam no prédio teriam sido queimados, mas não há informações oficiais sobre a extensão do fogo.

PF acompanhou lacração de rádios e fechamento de jornal da CMN entre 2016 e 2017 (Foto: Reprodução)

Palco de disputas políticas, desavenças e crimes investigados até hoje, a antiga CMN enfrentou o segundo incêndio. O primeiro foi criminoso e resultou na condenação de três envolvidos. Foi em setembro de 2005, quando o prédio foi invadido e incendiado em disputa política entre o comando da empresa à época e aliados do grupo político liderado pela família Camarinha. Grupo, aliás, investigado por falsidade ideológica, sonegação, posse oculta e outros crimes, enquanto dezenas de ex-funcionários ainda aguardam receber indenizações trabalhistas.

HORAH – Você sabe das coisas