POLÍCIA PODE EXONERAR AGENTE QUE MATOU IRMÃ COM TIRO ACIDENTAL

Maria Vitória foi atingida por tiro no pescoço (FOTO: Reprodução redes sociais)

Trata-se de um procedimento de praxe em situações como esta, mas a Polícia Civil de SP abriu procedimento administrativo que pode resultar na exoneração do agente de papiloscopia que matou a própria irmã com tiro acidental em Botucatu, dia 16. Leonardo Matheus Carmello, 28 anos, manuseava uma pistola Glock 9mm que havia comprado duas semanas antes, quando aconteceu o disparo que atingiu Maria Vitória Carmello, 18, no pescoço. A pedido dele, ela o filmava manuseando a arma na cozinha da casa da família.

Leonardo chegou a ser preso em flagrante, mas foi solto em audiência de custódia no dia seguinte para responder em liberdade. Como ele prestou depoimento e confirmou estar sob efeito de bebida alcoólica — o que já havia sido constatado também por laudo do IML –, Leonardo é investigado por homicídio doloso, ou seja, quando se assume o risco. Ele também disse nunca antes ter mexido com aquela arma e contou que ela travou em dado momento e, ao tentar libera-la, ocorreu o disparo.

O agente estava em estágio probatório de 3 anos, iniciado em janeiro deste ano, período em que não pode cometer qualquer infração grave, seja no campo profissional ou pessoal. Esta agravante ajudou também a determinar o procedimento administrativo contra Leonardo, que já está suspenso das funções. Outro detalhe fundamental é que ele, como agente de papiloscopia, sabia que não se pode mexer na cena de um crime e, mesmo assim, limpou o sangue das paredes da cozinha onde os fatos aconteceram. As investigações estão sendo conduzidas pelo delegado Lourenço Talamonte.

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