Dois dias depois de denúncia feita pelo vereador e advogado Eduardo Borgo na Câmara de Bauru na última 2.a feira 23, a prefeita Suéllen Rosim se manifestou e negou qualquer envolvimento com espionagem de supostos desafetos políticos da administração dela. A prefeita abordou o assunto por meio de nota distribuída pela assessoria de imprensa da prefeitura na tarde da 4.a feira 25, afirmando que “nunca teve conhecimento das supostas atividades que foram divulgadas na acusação” feita na câmara.
Borgo apresentou documentos com declarações do próprio hacker Patrick César da Silva Brito, de Araçatuba, afirmando ter sido contratado e pago por Walmir Vitorelli para espionar e fazer uma devassa na vida pessoal de pessoas teoricamente contrárias ao governo de Suéllen, entre elas a vereadora Estela Almagro e o jornalista Nelson Itaberá. Walmir é casado com a irmã de Suéllen e, segundo comprovante de pagamento anexado às acusações, teria sido contratado para achar fatos que desabonassem os desafetos da prefeita.
A nota divulgada pela prefeitura de Bauru enfatiza que Suéllen “nunca se envolveu em atos de espionagem”, que “não tem ciência de nenhuma investigação ou acusação dessa natureza” que a envolva e que tomará “medidas judiciais diante de qualquer insinuação que a liga a esses fatos”. Há aí um desvio de foco do que foi denunciado, visto que o vereador Borgo apresentou fatos a serem investigados contra Walmir e não diretamente contra a prefeita.
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