Finalmente o prefeito Ivan Cassaro se manifestou sobre a crise do lixo em Jaú, por meio de vídeo gravado ao lado de secretários municipais, vereadores e coletores. “A culpa não é minha”, declarou logo de início, seguindo posicionamento adotado em outras crises enfrentadas pela administração. Ele também apresentou os 15 caminhões contratados emergencialmente para regularizar a coleta e a destinação do lixo domiciliar e agradeceu os coletores.
“Não adianta ter caminhões se não tiver coletores dedicados”, disse ao discursar para os servidores desse setor e bradar que o governo “não rouba, é honesto”. Em nenhum momento o prefeito falou em aumentar a quantidade de coletores, já que são apenas 36, quando o necessário para 15 caminhões seriam, no mínimo, 45. Ele explicou que a primeira empresa contratada para fornecer os caminhões desistiu, por isso permaneceu a LSPN Engenharia Ambiental, a mesma que já realizada o serviço em Jaú, só que com apenas cinco caminhões, conforme previa o contrato firmado com a prefeitura.
Ao se eximir de qualquer culpa, Ivan atribuiu responsabilidade à Cetesb, que deu prazo de pouco mais de 160 dias para o Município regularizar a situação do transbordo, que acabou interditado. “Se nos desse um pouco mais de tempo, nada disso (lixo acumulado nas ruas) teria acontecido”, disse Ivan, ao mostrar imagens da nova área de transbordo alugada e ainda em processo de licenciamento ambiental. Enquanto isso, sem lugar para depositar o lixo na cidade, os resíduos estão sendo levados direto para o aterro sanitário de Piratininga, a 95 km de distância.
Outros culpados apontados por Ivan foram (de novo) os poderosos proprietários de todas as áreas de terra ao redor da cidade e os opositores, políticos ou “páginas ‘paga que eu falo’, que vivem divulgando mentiras”. Ele se referia a páginas na internet que até o final do ano eram apoiadoras da administração e que, do início da segunda gestão para cá, passaram a criticar e a denunciar inclusive uso de caixa 2 na última campanha eleitoral.
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