- Secretaria da Saúde suspende atendimentos em duas unidades de saúde invadidas pela água
- OAB, que teve sede inundada, faz campanha para ajudar famílias desalojadas
- Cidade também enfrenta falta d’água por causa das enchentes
O prefeito Ivan Cassaro acompanhou resgate de moradores em casas tomadas pela enchente do Rio Jaú na área central e o trabalho do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, equipes da prefeitura e voluntários na turbulenta manhã deste domingo (30). Em vídeo divulgado nas redes sociais pelo jornalista Paulo Grange, do site Jaumais, Ivan falou de providências que já teria tomado na tentativa de conter as enchentes que todos os anos atingem a cidade nesta época do ano: “Já peticionamos ao Governo do Estado e vamos aguardar o pronunciamento do governo do Estado para que faça a dragagem do rio”.
Nesse momento, o prefeito estava na Rua Alvaro Floret, onde possui imóveis e ao menos 4 idosos tiveram de ser removidos com ajuda de um barco. “As casas estão com água até o teto”, disse no vídeo. Sobre a dragagem pretendida no leito do Rio Jaú, medida que outros prefeitos adotaram no passado para evitar enchentes, Ivan ainda observou que diante do grande volume de água que atingiu a cidade hoje, seria “impossível conter”. Ele garantiu que “todas as secretarias estão mobilizadas, todo mundo trabalhando” para ajudar a população.
O secretário da Mobilidade Urbana Márcio Almeida, responsável também pelo Ceprom e a zeladoria da cidade, acompanhava o prefeito e auxiliava nos serviços com uma máquina da prefeitura. Na gestão passada ele fez várias denúncias contra o ex-prefeito Rafael Agostini, acusando-o de abandonar uma draga no Ceprom, enquanto a cidade enfrentava inundações. Agora que é o responsável pelo setor e também pela draga há mais de um ano, o equipamento permanece no mesmo local (e abandono) de antes. Nem Márcio nem Ivan tocaram no assunto.
No início da tarde, a Secretaria de Comunicação (Secom) da prefeitura divulgou nota informando que o PAS do Jorge Atalla e os serviços de testagem contra a Covid no Ginásio Flávio de Mello, ambos na Av. Dr. Quinzino, ficarão fechados amanhã “por conta das fortes chuvas que atingiram os locais” – e da necessidade de limpeza. Como há muitas famílias desalojadas ou com as casas invadidas pela água, a OAB Jaú comunicou o início de campanha de acolhimento, encaminhamento e recebimento de doações de alimentos, roupas pessoais e de cama (VEJA ABAIXO). “Vamos somar esforços”, disse a advogada Daniela Rodrigueiro, tesoureira da OAB. As doações são aguardadas na casa que a entidade possui na Rua Riachuelo, 755 (em frente ao laboratório de análises clínicas), visto que a sede ao lado do Fórum, às margens do Rio Jaú, também está alagada.
Outro problema sério é o abastecimento de água. HORAH fez contato telefônico com a sede da Águas de Jahu e a atendente, no Rio de Janeiro, informou que não tem previsão de normalização do sistema. Primeiro, perguntou se a repórter Rosângela Martins, que fez o telefonema, era “moradora de Águas de Jaú” (o que foi gravado e será apresentado no HoraH desta 2.a feira, 31, na Rádio Piratininga); depois de ser informada do que está acontecendo na cidade, disse que “lá pelas 3 ou 4 da tarde” a empresa deverá ter um posicionamento. Pelo sistema automatizado de atendimento, a informação era de que havia “interrupção no abastecimento”, com início às 6h28 e previsão de normalização para hoje, às 23h59.
HORAH – A verdade dos fatos
