PREFEITO PERDE UM SECRETÁRIO A CADA 53 DIAS E SE VANGLORIA: “Eu já ia dispensá-los”

Prefeito Jorge tem gestão medíocre medida pelo TCE, sem nada de positivo (FOTO: Secom Jaú/Reprodução)

ENTRETANTO, A REALIDADE NÃO PACTUA COM A VAIDADE DO PREFEITO DE JAÚ; saiba mais aqui

Sete secretários demissionários em apenas um ano de governo – o que dá, na média, um secretário a cada 53 dias – e o prefeito Ivan Cassaro ainda se vangloriou em entrevista à televisão: “(…) eles vieram falar comigo (…), mas eu já ia dispensá-los”. Cruel, a realidade não pactua da vaidade do chefe do executivo: tem secretário jamais substituído, aqueles que sinalizaram bem antes a disposição de apear do governo e o que surpreendeu Ivan com a carta de exoneração na porta do gabinete, no primeiro dia útil deste ano.

“Terça (18) fecha o balanço, vou revisar e, estando pronto, vou apresentar ao Ivan e pedir minha imediata liberação”, confirmou ao HORAH o ainda secretário de Economia e Finanças, advogado Luís Arato. O balanço a que se refere é do exercício de 2021, situação combinada com o prefeito no dia 3, quando Arato apresentou a carta de exoneração alegando “questões profissionais”. Questionado se há a possibilidade de permanecer mais um tempo, já que a reportagem apurou que houve até um ensaio de “fica aí esse restinho de ano”, o advogado deu o prazo: “Devo ir até a sexta-feira (21), e só”.

Arato explica que faltam poucos dias para sair (FOTO: Reprodução/vídeo)

Não há um nome ainda para substituir Arato – cogitou-se um contador comissionado na secretaria, indicado por vereador da base aliada, mas não teria havido consenso sobre o nome dele; além do arranjo caseiro, não estaria descartado trazer alguém da iniciativa privada – Ivan chegou a pedir sugestões até a um ex-vereador da base, o que demonstra a completa ausência de opções. Foi assim também com a Cultura, depois que Ney Vilella e seu substituto, Ton Borges, deixaram a pasta, hoje acumulada pelo secretário de Esportes, Sargento Oliveira. No caso de Rodrigo Brandão, da Saúde, e do Coronel Jefferson Bastos, de Governo, a vontade de sair foi manifestada antes a amigos e gente da própria administração.

Ivan em entrevista à TV Tem de Bauru (FOTO: Reprodução)

Na contramão disso tudo, ao conceder entrevista a emissora de televisão regional que está ouvindo prefeitos sobre seus feitos no primeiro ano e os projetos para os próximos, Ivan caprichou na ousadia: “Alguns secretários não pediu (exoneração), eles vieram falar comigo, né?… e eu convidei eles a sair. Então, pra não ficar moralmente ruim pra eles, eles falaram que pediram pra sair, mas eu já ia dispensa-los” – dito como está escrito, sem preocupação com o bom português.

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