GOVERNO IVAN PAGOU ATRASADOS NA 2ª FEIRA; RESTAM VERBAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E GOVERNO FEDERAL
Doze dias depois que o HORAH tornou público o calote de R$ 150 mil mensais da Secretaria da Saúde sobre as parcelas do custeio do Pronto Socorro da Santa Casa de Jaú, foram repassados os recursos que fecharam as contas de julho e agosto. A reportagem confirmou o repasse dos R$ 300 mil na 2ª feira (27), complementando a destinação anterior de R$ 1,9 milhão feita em cada mês, perfazendo as parcelas de R$ 2,050 milhões contratadas pelo prefeito Ivan Cassaro.
Antes disso, porém, a secretária Ana Paula Rodrigues se esforçou para justificar ‘ajuda’ do governo municipal ao hospital desde janeiro, contabilizando mês a mês os repasses inclusive da contratação de leitos Covid. Contudo, ela não tocou no calote denunciado por HORAH. A dívida pendente acabou tendo duas confirmações oficiais: através da prestação de contas da Santa Casa enviada à Câmara e pelo repasse feito esta semana, comemorado pelos vereadores da base aliada.
Mas nem todos engoliram a negligência municipal, especialmente por saber que só de excedente de arrecadação há algo em torno de R$ 30 milhões no caixa da Prefeitura. “Acertou com a Santa Casa, não acertou? Passa pra gente, nós somos os porta-vozes da população com o prefeito, temos de passar a realidade do que acontece”, cobrou o vereador Tito Coló. Ele questionou o calote: “Essa diferença financeira, quem tá errado, quem fez? O prefeito não foi, mas precisa saber quem fez”. Segundo apurou HORAH, o repasse para o P.S. era de R$ 1,9 milhão sob alegação de “falta de dinheiro” para honrar o contrato de R$ 2,050 milhões. “Precisava tudo isso, precisava chegar nesse ponto? Não precisava. Se estava lá pra pagar, por que não pagou?”, indagou Tito Coló, que ainda cobrou mais atenção da secretária, que não teria retornado “cinco ligações” da assessoria dele.
Nesta 3ª feira (28), o vereador José Carlos Borgo distribuiu vídeo confirmando o pagamento dos R$ 300 mil, mas alertando ao mesmo tempo que a Saúde ainda não repassou outros R$ 2,134 milhões devidos ao hospital. São duas verbas: R$ 1,201 milhão de emenda da bancada paulista na Câmara dos Deputados e R$ 933 mil da portaria nº 2.237 do Ministério da Saúde, de 2/9. “Esperamos que o mais rápido possível a Prefeitura honre esse compromisso e repasse esses valores à Santa Casa, para que ela possa atender cada vez melhor a nossa população”, finalizou Borgo, referindo-se ao dinheiro que já está no caixa municipal há dias.
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