Provedor também acha temerário reduzir oferta de leitos para Covid-19, com ocupação alta em Jaú
Ampliar o Pronto-Socorro e aumentar em mais 150 leitos os atuais 300 existentes na Santa Casa é o que pretende o provedor Alcides Bernardi Jr. Em entrevista exclusiva ao HORAH ele disse que pretende falar com o prefeito eleito Ivan Cassaro (PSD) no começo de dezembro para definir ajuda municipal nesse sentido, que foi uma das promessas de campanha.
“Vamos ver se a gente consegue aumentar esse Pronto-Socorro e, naquele prédio do fundo da Santa Casa, fazer mais uns quatro andares. Dá pra ter mais uns 120 a 150 leitos ali. Hoje são em torno de 300 leitos no hospital, então dá pra aumentar bem”, explicou ao HORAH, em entrevista exclusiva. No caso do Pronto-Socorro já tem inclusive projeto de ampliação de 40% da capacidade.
“Tem que vir dinheiro público pra isso”, observou Jr Bernardi. Segundo ele, “infelizmente a Saúde nos municípios que a Santa Casa atende acredito que não vá bem, então eles mandam tudo pra cá, e a nossa capacidade não suporta mais, precisa construir mais leitos”. O provedor também pede que a Prefeitura dê mais atenção à rede básica (postos de saúde) e que a UPA funcione estruturada 24 horas/dia, para que a Santa Casa fique somente com os casos de urgência/emergência. “Assim, todos serão melhor atendidos”, acredita.
LOTAÇÃO – Ultimamente a Santa Casa vive lotada. “Na sexta-feira, dia 13, tinha 27 pacientes para ser internado por várias doenças e não tinha leito”, comentou Jr Bernardi, preocupado. Com a Covid-19, especificamente, a situação não é diferente: a ocupação teima em se manter entre 50% para mais, motivo pelo qual o provedor acha temerário fazer o descontingenciamento dos leitos nesse momento, como outros municípios vizinhos. “Tem muita gente internada ainda”, constata.
Ante o quadro narrado pelo provedor, a direção da Santa Casa de Jaú comunicou a Divisão Regional de Saúde (DRS) em Bauru e pediu para avisar a central de regulação de vagas Cross, do Estado, para não enviar mais pacientes para o hospital. “Simplesmente está lotado, muita gente doente, viu?!” – concluiu Jr. Bernardi.
OUTRA REALIDADE – Com mais hospitais e leitos disponíveis, Marília vive situação inversa à da Santa Casa de Jaú. Lá, a demanda por leitos para Covid tem caído ou se mantido em torno dos 30%. Isso levou os hospitais e a Prefeitura a se reunirem para decidir pelo descontingenciamento desses leitos de Enfermaria, agora destinados para internações em geral. A oferta de vagas para Covid caiu de 120 para 70. Na UTI, a disponibilidade de leitos com respiradores foi mantida, ao menos por enquanto.
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