Depois de mais de 30 horas sem água nas torneiras nos bairros do extremo norte da cidade e de muita reclamação, nesta 6.a feira (16) os jauenses ainda foram surpreendidos pelo reajuste de mais 14,847% nas tarifas de água e de esgoto, segundo publicação da Resolução Saemja nº 34, na edição 1083 do Jornal Oficial. O índice de correção tarifária já está em vigor e será aplicado nas contas com vencimento a partir de janeiro de 2023.
A resolução assinada pela presidente da Agência Reguladora Saemja, Juliana Zacarias Fabre Tebaldi, dedica a maior dos itens justificando a decisão impopular, porém prevista no contrato de concessão dos serviços de água e de esgoto de Jaú. Aliás, a decisão foi tomada na 4.a feira (14) e tornada pública somente hoje. Dentre as justificativas, é citada a previsão anual de reajuste das tarifas; que a concessionária Águas de Jahu “negou todos os pedidos” da reguladora “e esforços do Poder Executivo para relativizar o aumento em virtude da pandemia”; que “se negou a aplicar o IPC, que reflete a inflação real, apesar de não haver previsão no contrato nesse sentido”; e que a reguladora “discordou” do índice de 15,06% apresentado pela concessionária, por entender que o correto são 14,847%.
O desfecho da resolução diz, no Artigo 1.o, que foi homologado o valor de 14,847%, resultado do reajuste tarifário de 13,197% mais a primeira parcela do reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, que o prefeito Ivan Cassaro decidiu dividir em várias parcelas anuais no final do ano passado, dando 1,65% por vez. Curiosamente, o aumento foi aplicado justamente no dia em que a água voltou a ser fornecida nos bairros dos altos da cidade, depois de passarem mais de 30 horas desabastecidos e com avalanche de reclamações e críticas da população, por se tratar de problema recorrente.
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