Presidente da CEI do Gabinete Paralelo acredita que fecha trabalhos com 80 dias

Mateus propôs e vai presidir a CEI do Gabinete Paralelo em Jaú (FOTO: TV Câmara/Reprodução)

Não serão necessários os 120 dias para que a CEI do Gabinete Paralelo conclua os trabalhos e apresente o relatório final à Câmara de Jaú. A opinião é do presidente da investigação, vereador Mateus Turini. “Acho que com 60, 80 dias a gente vai estar com isso concluído”, estima. Esses prazos só vão passar a contar do início dos trabalhos, o que está previsto entre o final de julho e início de agosto.

A CEI foi aberta na sessão da 2.a feira 30 da Câmara, com sete assinaturas (eram necessárias seis). Agora o presidente Jefferson Vieira vai indicar os membros – foram pedidos seis pelo presidente Mateus -, mas ele não tem prazo para fazê-lo. Assim que os nomes forem indicados, a presidência marca a reunião inicial para escolher entre eles o relator e o secretário.

Objetivo principal é investigar o chamado Escândalo do PIX, que começou com a cobrança de propina de empresas prestadoras de serviços para a Prefeitura de Jaú, a distribuição de pagamentos para atuação na mídia de apoiadores da reeleição do prefeito Ivan Cassaro e ataques a opositores; passa pelas Atas Notariais relatando diálogos entre agentes do governo e o próprio prefeito com um desses apoiadores – o pizzaiolo e jornalista Glauber Carboso -; e centenas de áudios vazados na internet.

“Tudo isso era coordenado por um Gabinete Paralelo que, pelo visto, era operado pelo ex-secretário da Assistência Social Marco Cipolla e pelo atual secretário do Planejamento Urbanístico Neto Leonelli, entre outros. Essa situação por si só seria grave e fere alguns princípios administrativos, e embora tenha avançado no período eleitoral, não há nenhuma prestação de contas oficial. Mas ao que tudo indica teve uso de dinheiro público, o que agrava ainda mais a situação e pode levar à cassação da chapa do prefeito nas eleições de 2024”, explicou Mateus.

Ele já avisou que vários agentes públicos citados nas Atas e que aparecem nos áudios vão ser convocados para depor à CEI. Se não compareceram na primeira vez, haverá a segunda convocação; se faltarem de novo, poderão ser conduzidos coercitivamente (ou seja, com apoio de força policial) à presença da CEI.

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