Preso em 2019 por armazenar pornografia infantil, padre é condenado pela Justiça

Padre Denismar atuava na Paróquia N.S. de Fátima em Marília, mas foi preso em casa, em Tupã, a 80 km de distância (FOTO: Reprodução web)

Alvo da Operação Querubim da Polícia Civil do Deinter-4 Bauru em 10 de julho de 2019, quando foi flagrado em casa com farto material de pornografia infantil armazenado no computador e celular, padre Denismar Rodrigo André, hoje com 46 anos, foi condenado pela Justiça. A sentença do juiz José Augusto Franca Júnior, da 1.a Vara Criminal de Tupã, cidade em que o padre reside, foi publicada no Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça (TJ) de SP, semana passada.

Pe. Denismar foi considerado culpado com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e condenado a um ano de prisão em regime aberto, convertida em ‘restrição de direitos’ pelos bons antecedentes do réu e inexistência de denúncia de violência física de vítimas. Ele poderá recorrer em liberdade. Já a Diocese de Marília se manifestou por meio de nota para informar que o padre foi “afastado ‘ad cautelam’ das atividades sacerdotais sob acusação de acesso a material pornográfico infantil desde o dia 10 de julho de 2019”, e que o Bispo D. Luiz Cipolini notificou a Congregação para a Ddoutrina da Fé em Roma, Itália, e aguarda orientações das providências que devem ser tomadas neste momento.

No quarto do padre em Tupã, policiais apreenderam computador, HD e celular com imagens de pornografia infantil, além de brinquedos de crianças, inclusive ursinhos de pelúcia e bonecas (FOTO: P. Civil/Op. Querubim / Reprodução)

COMO FOI – Pe. Denismar foi preso na Operação Querubim contra a exploração sexual infantil na internet, realizada em oito cidades da região de Bauru. Dia 10 de julho de 2019 foram cumpridos mandados de prisões e de busca e apreensão em Bauru, Jaú, Pederneiras, Ourinhos, Tupã, Ubirajara, Promissão e Marília, mobilizando cerca de 70 policiais civis.

Além do padre, foram presos também um cantor e um fotógrafo em Marília; em Bauru, os policiais prenderam um homem que trabalhava com análise de sistemas em um banco público; em Jaú, houve busca e apreensão de equipamentos eletrônicos com pornografia infantil em uma empresa de tecnologia.

Na ocasião da prisão, o padre confessou aos policiais que havia baixado os vídeos e fotos com pornografia infantil “apenas para olhar”, mas que não os compartilhou com ninguém; também não houve o registro de nenhuma denúncia de vítima de abuso sexual infantil contra o padre durante as investigações.

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