A previsão da Rumo Logística é de retomar a circulação dos trens cargueiros pela malha paulista de ferrovias em 2028, o que significará problemas para a mobilidade em cidades cortadas pelos trilhos, como é o caso de Marília, a segunda maior do centro-oeste. Por enquanto, a Rumo, que é concessionária do trecho, está fazendo a limpeza da vegetação e correção em alguns cortes e aterros, como já aconteceu ao longo da importante Av. das Esmeraldas, onde fica o metro quadrado mais valorizado de Marília.
Os serviços todos começaram em junho deste ano e foram divididos em três etapas: a primeira é essa, da limpeza; depois virá a recuperação da infraestrutura e ajustes em cortes e aterros ao longo de todo o trecho; e, por fim, a terceira será a da troca de dormentes e trilhos com problemas para a segurança dos trens cargueiros. Imóveis que estão ao longo da linha, como antigas estações e galpões, segundo a Rumo, não estão sob a posse e guarda da empresa.
A malha paulista possui 1.989 km de extensão e inclui o trecho Bauru-Panorama, passando por Marília, onde os trilhos cruzam ruas e avenidas em nível em pelo menos 9 pontos, vários deles no centro urbano de intenso movimento. Imagine parar o trânsito durante 10 minutos, por exemplo, para a passagem de um trem cargueiro que muitas vezes puxa entre 80 e 100 vagões, que caos será para a mobilidade. Aí está um ótimo tema para os candidatos a prefeito de Marília discutirem com os eleitores neste ano.
O investimento da Rumo está estimado em 1 bilhão 270 milhões de reais e a expectativa é a de movimentar até 65 milhões de toneladas de cargas por ano nesse trecho, que é fundamental para a ligação com o porto de Santos, visando a exportação dos produtos nacionais. Em relação aos comerciantes que ocupam parte da linha férrea na rua 9 de Julho, ao lado do camelódromo, a Rumo informou que os notificará para deixarem o local; se não for atendida, ingressará com medida judicial para reintegração de posse.
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