
Professora Sandra de Moraes Gimenes Bosco foi demitida pela Unesp Botucatu, onde dava aulas desde 2010 no Departamento de Microbiologia e Imunologia. Ela respondeu a processo administrativo instaurado pela universidade após ser presa pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) quando voltava de Brasília após os atos golpistas de 8 de janeiro. A demissão foi publicada na edição de sábado (29) do Diário Oficial do Estado de SP.

Sandra estava em ônibus com placas de Botucatu com mais 44 bolsonaristas que haviam participado dos ataques e destruição nas sedes do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF), que deixaram prejuízo público estimado em mais de R$ 20 milhões, na ocasião. Com marcas de balas de borracha nas pernas, os ocupantes do ônibus foram detidos na BR-153 no município de Onde Verde, e conduzidos à Delegacia da Polícia Federal (PF) de Rio Preto, onde foram qualificados, prestaram depoimento e foram liberados. Todos afirmaram ter participado dos atos em Brasília.
Professora Sandra atuava nos cursos de veterinária, zootecnia, biomedicina, medicina, enfermagem, nutrição e ciências biológicas da Unesp Botucatu, além de dar aulas também para a pós graduação em biologia e medicina veterinária. Dias antes de embarcar para Brasília, ela fez postagens nas redes sociais convocando bolsonaristas para os atos na Capital Federal em protesto contra o resultado das eleições presidenciais.
Em nota divulgada após a notícia da detenção da professora Sandra, a Unesp disse que “a democracia foi atacada juntamente com o povo brasileiro de bem” no dia 8 de janeiro, e que “não compartilha do posicionamento e atitudes de servidores públicos envolvidos em atos antidemocráticos”. A demissão da professora foi resultado do processo administrativo aberto naquela ocasião.
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