PROFESSORA QUE COBROU EPIs PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE É EXONERADA EM JAÚ

Professora Cristiane volta ao serviço público depois de 4 meses de agonia (FOTO: Reprodução/Arquivo Pessoal)

ELA RESPONDEU PROCESSO ADMINISTRATIVO NA GESTÃO PASSADA, CUMPRIU SUSPENSÃO E, NO GOVERNO IVAN, FOI DEMITIDA

 

Servidora pública municipal há 16 anos, a professora Cristiane Banhol foi exonerada pela administração Ivan Cassaro por ter denunciado e cobrado EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para profissionais da Saúde em 2020, no início da pandemia da Covid-19. Ela respondeu processo administrativo, conseguiu reverter demissão por suspensão de 15 dias ainda na gestão Rafael Agostini, mas o atual governo desarquivou o procedimento para exonera-la do cargo.

“Dia 30, data do meu aniversário, eu estava dentro da sala dando aula (em EMEF no Pouso Alegre de Baixo), quando tive a informação de que estava demitida desde o dia 25. Recebi uma convocação para ir à Prefeitura assinar os papeis”, narrou a professora Banhol ao HORAH. Na Prefeitura, soube do desarquivamento do processo “em maio”, da cassação da suspensão imposta anteriormente e da “aplicação da pena de demissão”.

Banhol tem prazo administrativo de 15 dias para nova defesa, mas já exonerada do serviço público. “Além das vias administrativas, eu estou tendo também assessoramento jurídico para ingressar na Justiça comum”, explicou à reportagem. Ela conta ainda com apoio de centrais sindicais e outros órgãos para denunciar o que chama de “afronta à democracia, de retaliação por exercitar a cidadania” e, por fim, para “não permitir que trabalhadores e trabalhadoras sejam cerceados do direito de simplesmente questionar o Poder Público”.

A Prefeitura de Jaú não se manifestou sobre a exoneração da professora Cristiane Banhol.

HORAH – Você sabe das coisas