EMPRESA É A MESMA JÁ INVESTIGADA POR SUPOSTAMENTE ENTREGAR MATERIAL DE BAIXA QUALIDADE À PREFEITURA DE JAÚ
A relação da prefeitura de Jaú com a empresa MS Azuaga e Cerigatto LTDA ME pode contar com mais uma frente de investigação, agora referente ao recapeamento da praça do Beco, em frente ao Poupatempo. A alegada baixa qualidade da massa asfáltica fornecida pela MS ao município, motivo da não renovação de contrato com a mesma, já é investigada pelo Ministério Público (MP) através do inquérito civil nº 14.0315.0000287/2020-8, instaurado em fevereiro deste ano. A nova denúncia foi protocolada nesta 4ª feira (20).
“Para nossa surpresa, no dia 23 de maio a prefeitura comprou 830 sacos de asfalto usinado dessa mesma empresa, com dispensa de licitação, e pagou R$ 17.430,00. Se a qualidade duvidosa do produto fornecido por ela anteriormente já motivou a investigação do MP, por que razão a prefeitura tornou a comprar dessa mesma empresa depois, e sem licitação?” – questionou o vereador José Carlos Borgo, que havia abordado o assunto na sessão da Câmara, 2ª feira (18).
Ele, Mateus Turini e Luizinho Andretto assinam representação encaminhada ao MP, aos cuidados do Promotor de Justiça Rogério Rocco Magalhães, informando essa nova compra e a situação do Beco. “Quase 5 mil metros quadrados da praça foram recapeados pela atual administração, usando massa asfáltica que se destinava à operação tapa-buracos, sob justificativa de que o local poderia ser usado como drive-thru de vacinação contra a Covid. Isso nunca aconteceu lá” – explicou Luizinho Andretto. “O asfalto usado lá está fazendo falta nos bairros da cidade, tomados por buracos nas ruas, como é o caso do Nova Jaú”, acrescentou.
Para apimentar mais ainda a denúncia, os vereadores juntaram informações de que a MS Azuaga e Cerigatto não só forneceu a massa asfáltica, como “generosamente doou os serviços, com mão de obra, ferramentas e maquinário para recapear o Beco” – pontuou Mateus Turini. Na documentação entregue ao MP, eles dizem que tanto o governo quanto o secretário da Mobilidade Urbana Márcio Almeida tinham conhecimento do inquérito contra a empresa, “e mesmo assim foi feita a nova compra com dispensa de licitação”. Eles pedem que o promotor avalie tudo e, “havendo ilicitudes, apure os fatos contra o prefeito Ivan Cassaro e o secretário Márcio”, em defesa do erário.
HORAH – Contra fatos não há argumento