
Relatório divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) SP relaciona obras atrasadas ou paradas na Capital e 425 municípios do Interior e Litoral até o final de 2019. As informações foram fornecidas pelas próprias prefeituras ao TCE, que contabiliza mais de 1,4 mil obras públicas com problemas de cronograma – número alto, mas, ainda assim, 16% menor que no ano anterior. Juntas, são obras cujos investimentos iniciais previstos passam dos R$ 43 bilhões. Em Jaú, Bauru e Marília são várias obras nessas condições, que trazem prejuízos e riscos à cidade e população.

MARÍLIA – Em Marília estão paradas obras de:
- Recuperação de vias públicas, contrato com a Maripav Pavimentação no valor de R$ 688,9 mil, desde 30/12/19;
- Também recuperação de vias públicas pela mesma empresa, desde 29/11/19, valor de R$ 911,8 mil;
- E, desde 2/5/19, para captação, adução, reservação e tratamento de água no Sistema Peixe, valor de R$ 2,8 milhões (pagos até agora R$ 1,2 milhão).

Consta como atrasada e sem nada pago até agora:
- Construção de ponte sobre o Rio do Peixe no distrito de Amadeu Amaral, estrada rural MAR-314, no valor de R$ 874,9 mil, contratada com a Ecopontes Sistemas Estruturais.
BAURU – TCE aponta mais de R$ 148 milhões em obras públicas paradas ou atrasadas no município. Em atraso, consta:

- Obra da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da cidade, no valor de R$ 129,2 milhões, dos quais R$ 74,5 milhões já foram pagos.
As obras paralisadas em Bauru são as seguintes:
- Educação, no valor de R$ 1,5 milhão
- Equipamentos urbanos (praças etc.), de R$ 749,9 mil
- De infraestrutura urbana, valor de R$ 14,4 milhões (R$ 10 milhões já pagos)
- De rede coletora de esgoto (DAE) no valor de R$ 2,9 milhões (pagos até agora R$ 927,8 mil)

JAÚ – A cidade tem 2 obras atrasadas e 1 parada, todas de drenagem de águas pluviais e barragens que somam mais de R$ 55 milhões. Curiosamente são obras que, não realizadas parcial ou totalmente, levaram a cidade ao recorrente problema de enchentes, perdas e prejuízos após a chuvarada do último dia 11.

Está parada:
- Obra da Jaupav Terraplenagem e Pavimentação, no valor de R$ 12,4 milhões, para construção de diques, muro folder, reservatórios de contenção e microdrenagens no Jardim Sempre Verde e Rua Rafael Bettar (inundados neste mês). Desse total, R$ 3,4 milhões já foram pagos. A obra está parada desde 6/10/16.


Estão atrasadas:
- Obra da GLM 7 Engenharia no valor de R$ 2,1 milhões, dos quais R$ 1,4 milhão já foram pagos, para construção de rede de drenagem de águas pluviais nos bairros Sta. Helena, Odete, Sanzovo e Chácara Flora
- E obra da Construtora Passarelli, no valor de R$ 40,9 milhões, dos quais R$ 28,5 milhões já foram pagos, para barragens, canalização do Córrego dos Pires, reservatórios no Lago do Silvério e Córrego da Figueira (que impuseram alagamentos de mais de 100 casas, ruas e logradouros neste mês).

ONDE VER – Todas essas informações podem ser acessadas em planilhas que constam do Painel de Obras Atrasadas ou Paralisadas do TCE SP. O site para consulta é o seguinte: www.tce.sp.gov.br/paineldeobras.

HORAH – Para quem exige a verdade