Relaxo – TRIBUNAL APONTA IRREGULARIDADES DA GESTÃO IVAN NO LIXO, CEPROM, SAÚDE E OUTROS SETORES

Ceprom continua com amontoado de sucatas: risco de proliferação do mosquito da dengue, inclusive (FOTOS: TCE/Relatório oficial)

DOCUMENTO COM MAIS DE 80 PÁGINAS DESTINA ESPECIAL ATENÇÃO TAMBÉM AO RISCO DE NOVAS ENCHENTES EM JAÚ

Datado do dia 1º deste mês, documento do TCE-Tribunal de Contas do Estado faz diversos apontamentos de irregularidades encontradas na gestão Ivan Cassaro à frente da prefeitura de Jaú. Um relaxo que se não for corrigido a tempo pode levar à rejeição das contas do prefeito. Encaminhado ao município, o documento com mais de 80 páginas é resultado de fiscalizações da UR-Unidade Regional 2 do TCE Bauru, assinado pelo agente de fiscalização Narciso Urashita e pelo chefe técnico da fiscalização, Murilo Penteado José.

A má conservação do Ceprom, antigo centro de produção municipal que hoje abriga a frota oficial e três secretarias, tem destaque no documento do TCE. Sucatas de veículos e pneus velhos ocupam espaço desnecessário, acumulam sujeira e água parada que serve de criadouro para o mosquito da dengue. Situação semelhante ocorre no transbordo do lixo. Fiscalizações em 10/3 e 18/5 “constataram várias irregularidades”, como lixo espalhado, coletores informais, alambrado “praticamente inexistente” e muitos urubus. No caso, a reincidência mereceu destaque no apontamento dos fiscais, ocorrendo o mesmo em pontos urbanos de descarte irregular de lixo.

Relaxo na administração da cidade persiste após 19 meses da gestão Ivan (FOTO: Reprodução web)
Prédio da prefeitura e câmara: infiltrações, goteiras e acúmulo de sujeira (FOTOS: Reprodução/TCE)

O prédio da prefeitura segue com “infiltrações, goteiras e mofo nas paredes e teto, que “demandam a necessária atuação do gestor municipal”. Os fiscais citam a “má impressão e possíveis doenças respiratórias” ocasionadas pelo excesso de sujeira “na cobertura do setor administrativo da câmara”, descrito como uma espécie de “puxadinho” do Paço. A mesma falta de zelo foi verificada mais uma vez na Rodoviária e Terminal Urbano, com destaque para “as péssimas condições dos sanitários” e falta de manutenção geral.

Um ano e sete meses após o início da gestão Ivan, o risco de enchentes é descrito em várias páginas do documento do TCE, lembrando a tragédia de 30/1 deste ano, que acarretou prejuízos materiais incalculáveis e uma morte. Os fiscais fazem sugestões para a conclusão dos diques no Jd. Sempre Verde e cobram a construção de barragem de controle de cheias e de um extravasor no Jd. São José, ainda não iniciados; alertam que a Defesa Civil não possui orçamento próprio, “o que prejudica o planejamento de suas ações”; e tornam a pedir a limpeza do leito do rio Jaú.

Dentre os demais apontamentos de irregularidades, os fiscais do TCE reforçam que “das 22 unidades de saúde municipais, somente 16 possuem o AVCB-Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros” (ou seja: há risco para usuários e funcionários); e falta de manutenção geral, inclusive no PA São Judas, onde há “infiltrações, tapumes no lugar de janelas etc.” Por fim, o Tribunal aponta que “até 16/6 a prefeitura encontrava-se muito abaixo da meta de imunização da população alvo” contra a Covid; que não há cronograma de ações para o combate à dengue; e que é inadequado o acolhimento da população de rua.

Área do transbordo com várias irregularidades: reincidência (FOTOS: Reprodução/TCE)
Prédio onde estão a Rodoviária e o Terminal Urbano sofre com falta de manutenção básica (FOTOS: Reprodução)
Do início ao fim, documento do TCE aponta falhas da administração municipal (FOTOS: Reprodução)

HORAH – VOCÊ SABE DAS COISAS