Revolta – DONOS DE ACADEMIAS, BARES E RESTAURANTES DIZEM TER SIDO ‘IGNORADOS’ POR RAFAEL

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Setores estão fechados há 90 dias; não foram autorizados a funcionar nem quando o Estado permitiu

Donos de academias, restaurantes, bares e lanchonetes se unem para pressionar a Prefeitura e, juntos, encontrar alternativas para que possam retomar atividades em Jaú, depois de 90 dias de portas fechadas. “Foi feito um protocolo bem elaborado, muito melhor que dos bancos, por exemplo, e entregue ao prefeito, mas até agora fomos ignorados”, resumiu o comerciante Adriano Francisco Panacho, que tem restaurante na cidade. Na opinião dele, falta ‘vontade política’ para resolver a situação e impedir uma quebradeira no setor.

Proprietário de churrascaria tradicional em Jaú, Nilson Ullrich chegou a tomar a frente do setor, fez “algumas reuniões com o prefeito” Rafael Agostini, mas reclama: “Ele não nos deu nenhuma solução”. Como as cidades da região permitiram a abertura de restaurantes e bares na fase anterior ao rebaixamento no Plano SP pelo Governo do Estado, o setor jauense se sente ainda mais prejudicado. “As pessoas saíam daqui para restaurantes de fora”, comentou Nilson. Ele acredita que se Rafael tivesse autorizado a abrir naqueles 15 dias, o setor teria “tomado um fôlego pra aguentar mais um mês, quem sabe, porque por enquanto é só despesa, sem faturamento”.

Nilson Ullrich diz que prefeito não apresentou nenhuma alternativa ao setor (FOTO: Reprodução)

Já se estima que 20% desses estabelecimentos tenham quebrado; se não voltarem a trabalhar imediatamente, esse índice pode chegar aos 40% ou mais. Hoje o setor emprega por volta de 1.000 trabalhadores fixos, fora os eventuais. Panacho lembrou que os sistemas drive-thru e delivery não foram suficientes para manter a estrutura, porque “as contas continuam as mesmas com aluguel, energia, funcionários”. E disse que o setor está “muito chateado, por não ter sido ouvido e nem ser citado nos decretos” de Rafael.

ACADEMIAS – Tradicional no ramo das academias, Rinaldo Luchesi, o Bill, lembrou que desde 2002 a Educação Física está inserida na área da Saúde, portanto essencial, e que os profissionais foram convocados pelo Ministério da Saúde para se capacitarem sobre a Covid-19. Mas que nem isso foi suficiente para poderem trabalhar. “Em Jaú são 56 academias, onde 445 profissionais trabalham. Solicitamos ao prefeito de Jaú que dê atenção especial ao protocolo que entregamos a ele, para podermos reabrir as academias com toda a segurança necessária”, comentou. O setor está fechado há 90 dias e também se queixa da falta de resposta do Poder Público.

Rafael não permitiu que academias e restaurantes abrissem, quando tinha autorização estadual: setor podia ter trabalhado 15 dias pra ganhar fôlego (FOTO: Reprodução Redes Sociais)

ARARAQUARA – Quando teve autorização para abrir academias, restaurantes e bares, Rafael não o fez. Agora que a cidade foi rebaixada no Plano SP, Nilson Ulrrich acha que emperrou de vez, embora ainda tente “marcar uma reunião para que ele (o prefeito) nos esclareça o que vai fazer”. Em Araraquara, a 70 km de Jaú e na mesma classificação para flexibilizações econômicas na pandemia do coronavírus, o prefeito Edinho Silva baixou decreto esta semana que manteve o funcionamento do comércio, shoppings, salões de beleza, academias, bares e restaurantes, com restrições de horário e sob protocolos sanitários. A medida é válida até dia 30. Situações como esta só aumentam a revolta dos empresários jauenses desses setores.

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