ALEGANDO QUEBRA DE CONTRATO, EMPRESA NOTIFICOU RETIRADA DOS ÔNIBUS DIA 31 (Foto: Reprodução)
“Sem condições de manter a atividade sem subsídio e sem ressarcimento das perdas, a empresa continua se preparando para ir embora dia 31” – confirmou a assessoria de imprensa da Grande Marília, responsável por 50% das linhas do transporte coletivo da cidade, dividido com a Viação Sorriso. Alegando falta de recursos para quitar compromissos, a empresa já enfrentou paralisação dos motoristas e comunicou à Prefeitura que deixará o serviço no final do mês.
A reação da Prefeitura veio na forma de um questionamento judicial à Vara da Fazenda Pública, com pedido de liminar, para fazer a Grande Marília continuar no serviço nas linhas das zonas Norte e Leste da cidade. A empresa alega quebra de contrato de concessão do transporte coletivo. O governo municipal pede ainda multa de R$ 100 mil/dia de descumprimento de eventual ordem judicial que a mantenha operando.
Qualquer decisão da Justiça atinge unicamente a Grande Marília e não a Sorriso, que opera nas linhas Sul e Oeste da cidade. A ação da Prefeitura foi encaminhada à Vara da Fazenda na 4ª feira (24) e a empresa não havia notificado até o final da tarde desta 5ª. O prefeito Daniel Alonso negou pedido de reajuste de tarifa apresentado pelas empresas em dezembro do ano passado, que elevaria o preço dos atuais R$ 3,80 para R$ 6,24 – elas alegam desequilíbrio econômico-financeiro do contrato.
O reajuste virou caso de Justiça também, que segue igualmente pela Vara da Fazenda Pública. A Grande Marília diz que o último aumento foi há dois anos, depois de quatro sem correção tarifária, elevando o preço da passagem de R$ 3,00 para R$ 3,80. Apoiada pelo serviço auxiliar do transporte coletivo, a Emdurb sugeriu ao prefeito um novo valor para a tarifa, de R$ 4,50.
HORAH – Você sabe das coisas