SAMU não é pago desde setembro; dívida chega a R$ 1,3 milhão

Recentemente, Saúde anunciou 'renovação da frota' com 4 novas ambulâncias do SAMU (FOTO: Divulgação)

Não bastasse o endividamento municipal de R$ 1,5 bilhão, o bloqueio de transferências e repasses de recursos para a prefeitura por causa de precatórios não pagos, o novo parcelamento de dívidas do município com o IPREMM e os atrasos nos pagamentos à ABHU, responsável pela UPA Norte e PA Sul, agora ainda tem dívida também com o SAMU. A informação foi confirmada semana passada pelo prefeito eleito Vinicius Camarinha, que totalizou o valor não pago em R$ 1,3 milhão.

Ouvida pelo HORAH, a secretária da Saúde Dra. Paloma Libanio, que assumirá nesta 4.a feira, dia 1.o de janeiro, disse que o acerto com a ABHU e agora com o SAMU entraram para a lista das prioridades máximas da nova gestão. HORAH teve acesso a áudios e troca de mensagens com profissionais do SAMU que confirmam as dificuldades do serviço. “Não pagam o SAMU desde setembro”, disse um médico. “De agosto pra cá não foi liberado mais nada”.

A situação de dificuldade do SAMU, segundo os profissionais, “vem se arrastando faz tempo”, e eles só não pararam os atendimentos “em consideração ao Vinicius”, que assumirá a prefeitura amanhã. O SAMU de Marília é gerido pela Santa Casa de Chavantes, cidade na região de Ourinhos. Recentemente, a Secretaria da Saúde fez balanço de atividades e citou a ‘renovação da frota do SAMU’ com a aquisição de mais quatro ambulâncias novas.

Por causa das “surpresas” encontradas pela Equipe de Transição de governo do futuro prefeito, foram feitas algumas sugestões para aplicação imediata: 1) reestruturação da gestão financeira na prefeitura; 2) transparência e comunicação total dos fatos à população; 3) priorização das despesas deixadas pelo atual governo, com estabelecimento de ordem/cronograma para pagamentos; e, 4) renegociação de todas as dívidas municipais.

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