MILITAR SE APRESENTOU E ESTÁ PRESO; MULHER DELE, PIVÔ DO CRIME, TAMBÉM É DA PM
Esclarecido: o coronel da reserva Dhalbian Braga Barbosa, 57 anos, matou o ajudante geral Daniel Ricardo da Silva, 37, porque descobriu que ele mantinha um romance com a mulher dele, uma cabo da PM de 44 anos (o nome foi preservado). A informação foi revelada pelo delegado seccional de Marília, Wilson Frazão, nesta 5ª feira (4). Foragido desde o dia do crime, domingo (31/10), Dhalbian se apresentou à polícia ontem e permaneceu preso temporariamente, por 30 dias, recolhido ao presídio militar Romão Gomes, em SP.
As circunstâncias exatas do crime ainda estão sendo investigadas pela DIG, sob cuidados do delegado Luiz Fernando Sampaio. O coronel diz ter discutido na madrugada do domingo com Daniel, ao descobrir o romance com a mulher dele, e ao notar um movimento indicando que sacaria uma arma, atirou primeiro. Foram 3 disparos de revólver calibre 38 (ainda não localizado), sendo que um acertou de raspão e os outros dois pegaram nas cotas e nádegas da vítima, que morreu no local.
Além dos depoimentos do próprio coronel confirmando o crime e da esposa, ouvida duas vezes, a polícia conta também com imagens das câmeras de segurança do motel. Como elas não possuem áudio, não é percebida nenhuma discussão anterior aos disparos. Outro detalhe: o assassinato ocorreu por volta das 6h e a PM só foi chamada às 8h, o que faz a polícia não descartar inclusive manipulação da cena do crime. Quanto ao revólver, o coronel diz ter deixado no local, mas ele não foi encontrado; o celular da vítima, também tirado do contexto, foi entregue à polícia pelo filho do coronel e encaminhado para perícia.
Em buscas feitas na casa do coronel, em chácara próxima ao motel, localizado na SP-294, em frente à penitenciária de Marília, a PM encontrou um arsenal de espingardas, um rifle de uso exclusivo das Forças Armadas e centenas de quilos de munições. Segundo o seccional Frazão, Dhalbian era colecionador de armas e tinha vários registros delas. Outra informação dada pelo delegado foi sobre a causa da morte de Daniel, ex-detento que trabalhava e morava nos fundos do motel: os tiros acertaram veias que o levaram a óbito por hemorragias internas.
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