SECRETÁRIOS PEDEM CASSAÇÃO DE FÉFIN; vereador é acusado até de agressão a mulheres

Os secretários municipais no momento em que protocolaram pedido de CP contra vereador Féfin (FOTO: Reprodução HoraH)

A diretora da Câmara Municipal de Marília, advogada Carla Farinazi, recebeu na manhã desta 5.a feira (24) representação assinada por 6 secretários municipais pedindo a cassação do mandato do vereador Oswaldo Féfin Jr, o Agente Federal Jr Féfin (PSL), 47 anos. Eles solicitam instauração de Comissão Processante (CP) para apurar ‘conduta de crime de responsabilidade e de quebra de decoro parlamentar para cassação de mandato’, onde acusam Féfin até mesmo de agressão a mulheres e juntam cópias de inquéritos colhidos na Delegacia de Polícia de Garça.

Assinam a representação os secretários Levi Gomes (Fazenda), José Antônio de Almeida (Planejamento Urbano), Cassinho (Saúde), Alysson Souza e Silva (Assessor Especial de Governo), Vanderlei Dolce (Meio Ambiente e Limpeza Pública) e Marcelo de Macedo (Assuntos Estratégicos). Todos eles foram citados em pedido de CP que Féfin levou à Câmara na sessão da 2.a feira (21), que pretendia cassar o mandato do prefeito Daniel Alonso, como praticantes de supostos crimes e ilegalidades na administração municipal. O pedido teve apenas um voto favorável e foi mandado ao arquivo.

Além de vereador, Féfin é agente da PF (FOTO: Reprodução/Facebook)

Os secretários advertem logo no começo da representação de 16 páginas que condutas que caracterizam quebra de decoro “não devem estar sempre atreladas diretamente ao dia a dia da atividade parlamentar, mas também de sua vida pregressa, atos praticados fora da Casa de Leis, responsabilidades nas palavras, gestos, atitudes, condutas em reuniões, relações interpessoais etc.”. Dizem também que Féfin está sendo “inclusive motivo de chacotas com suas petições esdruxulas em denúncias fantasiosas e caluniosas, (…) expondo o Legislativo ao ridículo”. O documento cita ainda o pedido de CP contra Daniel como “sem qualquer pé nem cabeça” e recente pedido de inquérito policial contra os secretários, relatando ‘fatos já investigados e arquivados’. Ontem, Féfin foi igualmente representado à Delegacia Seccional, mas por “denunciação caluniosa” (Art. 339 do CP).

Por fim, a representação levada à Câmara e que será lida na sessão da próxima 2.a feira (28) pede o “afastamento cautelar” do vereador e sua posterior cassação, apresentando também “histórico agressivo e investigações de supostos crimes domésticos e agressão a mulher”. O documento diz que o agente federal tem “vasto antecedente junto à delegacia de polícia de Garça”, onde tais fatos se deram, relacionando ao menos 4 processos judiciais em anexo. O afastamento imediato do cargo e a cassação são defendidos “por questões éticas e práticas nocivas ao Poder Público (…), eis que é vergonhoso ter um vereador que foi investigado por agressão a mulheres”.

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