Servidores – PLANO DE CARREIRA PROVOCA TROCA DE INSULTOS ENTRE LEVI E MARCOS REZENDE

Discussão por causa de Plano de Carreira levou ao rompimento e troca de farpas entre o presidente da Câmara, Marcos Rezende, e o secretário Levi Gomes, da Fazenda (FOTO: Divulgação)

A proposta do Plano de Carreira dos servidores municipais de Marília acabou colocando em pé de guerra o secretário da Fazenda Levi Gomes e o presidente da Câmara, Marcos Rezende. Áudios que vazaram nas redes sociais, sustentados por Levi ao HORAH, taxam a postura de Marcos de “uma idiotice, uma truculência, uma burrice”. O secretário diz que não muda “uma só palavra” do que disse e acrescenta: “Ele não vai jogar pra cima de mim, porque a responsabilidade é só dele. Se ele conseguiu estragar o plano dos funcionários da Câmara, o problema é dele, não meu”.

Levi Gomes desaprovou postura de Marcos: “o que ele fez foi uma idiotice” (FOTO: HoraH)

‘FARRA COM DINHEIRO PÚBLICO’ – Levi se refere ao Plano de Cargos e Salários do Legislativo, que Marcos apresentou para ser votado junto com o plano dos servidores do Executivo, na sessão extraordinária da 3ª feira (31/3), mas que retirou na última hora e trocou por um substitutivo que propõe 2% de reajuste para todas as referências salarias da Casa. “Todo o rancor do presidente é porque ele queria fazer farra com dinheiro público, dando aumento médio de 40,25% para os funcionários da Câmara. Foi imprudente ao propor esse aumento sem consultar os vereadores, teve de voltar atrás e isso está incomodando muito a postura autoritária dele”, desabafou Levi.

Marcos reclama do “tom agressivo” e aponta erros nas informações de Levi: “mentiras” (FOTO: Reprodução)

‘INFORMAÇÕES FALSAS’ – O secretário disse também, em uma sequência de áudios encaminhados ao HORAH, que Marcos “queria enfiar o plano dele junto com o plano nosso (da Prefeitura), mas não passou batido, a população inteira ficou contra e agora ele está buscando uma forma de desfocar o que fez”. E acrescentou: “A verdade é que ele fez um plano truculento, sem noção, sem respeitar o que acontece no País e no mundo, e teve de voltar atrás”. Via assessoria de imprensa, Marcos respondeu afirmando que Levi deu “informações falsas e em tom agressivo”.

CONFUSÃO DE PRAZOS – O presidente reclama de ter sido atacado “com palavras difamatórias”, que Levi “está equivocado e deu notícias falsas em relação a prazos” para concessão de benefícios salariais aos servidores, que só podem ocorrer até 6 meses antes das eleições, portanto até dia 3. O secretário diz ter errado apenas uma terminologia: quando falou que o prefeito poderia determinar a situação dos servidores por decreto, quando, na verdade, é por projeto de lei à Câmara. “Aumento acima da inflação, temos até dia 3 para fazer; se for até o índice, o prazo é junho, 6 meses antes do fim do mandato”, afirmou. Ele reconheceu o uso de “palavras ásperas”, mas que representam o que ele pensa do presidente, e garantiu que o Plano de Carreira dos servidores “vai ser votado, sim, com os ajustes necessários”.

HORAH – Jornalismo com Credibilidade