Um segurança patrimonial e dois agentes de serviços gerais da Prefeitura de Jaú foram violentamente agredidos na Estação Rodoviária do sábado (27) para o domingo (28); resultado da pancadaria promovida por ‘nóias’ e desocupados, um dos servidores levou um corte no pescoço e outro precisou de seis pontos cirúrgicos para fechar ferimento aberto na cabeça. “A Rodoviária está sitiada por bandidos, que são pessoas viciadas em drogas e desocupados que vêm de outras cidades para trazer pânico em todas as localidades, mas especialmente no Centro de Jaú”, resumiu Edenilson de Almeida, presidente do Sinfunpaem, sindicato dos funcionários públicos municipais.
Pior do que o histórico de violência na Rodoviária é a falta de apoio aos servidores. “A Polícia Militar foi chamada e demorou muito para chegar; o VTR, que é o apoio aos seguranças patrimoniais, se negou a ir lá ajudar os colegas; o diretor da Rodoviária também não atendeu os telefonemas, o que acabou acontecendo só 6h30 do domingo. Ou seja, os servidores ficaram totalmente sozinhos em uma situação de guerra”, relatou Edenilson. Segundo ele, o telefone da base da segurança patrimonial na Rodoviária para falar com o VTR “está quebrado há mais de dois anos” e a Atividade Delegada, pela qual a prefeitura contrata PMs em horários de folga para reforçar a segurança na cidade, “parece que foi abandonada, porque não se vê mais viatura nenhuma na Rodoviária”.
Em uma semana, foram duas ocorrências graves na Rodoviária de Jaú, que ainda sofre com o abandono administrativo, falta de manutenção e a imundície; os banheiros estão em reforma há quase um ano, não há assentos para os passageiros à espera de embarque nem qualquer área reservada para não serem incomodados por desocupados que frequentam o local. Os relatos de importunação e até agressões inclusive a passageiros se tornaram comuns. “Só tem um segurança patrimonial na Rodoviária há muito tempo, quando deveria ter no mínimo três ou quatro para assegurar o patrimônio público e dar um pouco de tranquilidade às pessoas”, comentou Edenilson.
Segurança Patrimonial não existe para cuidar da segurança das pessoas, por isso o sindicato cobra providências urgentes do prefeito Jorge Ivan Cassaro. “Já mandamos diversos ofícios para o prefeito relatando esses fatos e pedindo ao menos para terceirizar um serviço de segurança no local. É obrigação da prefeitura tomar uma atitude, e o que nós estamos vendo é falta de competência de quem comanda essa área”, concluiu o presidente do sindicato. Edenilson relatará os fatos ao Ministério Público (MP).
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