O prefeito Abelardo Simões Filho (MDB), o Abelardinho, pediu “bom-senso” aos vereadores que vão votar o pedido de cassação do mandato dele, em sessão marcada para dia 14, véspera do feriado da Proclamação da República. “A gente entende que é um julgamento político, e espero que a maioria dos vereadores tenha bom-senso e convicção, e não brinque com um assunto tão sério, porque cassar um prefeito é uma coisa muito séria”, disse, em entrevista à Clube FM 100,7.
Abelardinho se pronunciou à imprensa após votação na Câmara Municipal de Bariri, região de Jaú, na 2.a feira (6), em que os vereadores aprovaram por unanimidade o relatório final da Comissão Processante (CP) que concluiu ter havido quebra de decoro do prefeito na denúncia de fraude à licitação da limpeza pública do município. A presença dele na câmara não intimidou os vereadores de votarem a favor do relatório elaborado pelo vereador Edcarlos dos Santos.
“A gente acompanha esse processo há 60 dias. Trata-se de uma denúncia infundada de um notório opositor político da minha pessoa, que é o Gilson do sindicato; e a relatoria foi do vereador Edcarlos, que é também um notório opositor político da nossa administração”, disparou Abelardinho. Apesar disso, ele afirmou estar “tranquilo” e que discutiria o caminho a seguir “junto com a defesa técnica”. Até aquele momento, o prefeito ainda não havia tido acesso ao relatório, que foi encaminhado após a votação na câmara.
Gilson de Souza Carvalho, presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos de Bariri, foi o autor da representação à câmara com pedido de abertura da CP para apurar se o prefeito tinha quebrado o decoro, com base nas denúncias feitas pelos promotores do Gaeco. Foram essas denúncias também que deram origem às operações policiais contra seis réus e que levou à prisão de quatro envolvidos. Por possuir uma espécie de foro privilegiado na condição de prefeito, o Gaeco solicitou à Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) de SP para investigar Abelardinho por fraude a licitação e a processo judicial, coação de testemunha, cobrança de propina (corrupção), entre outros crimes envolvendo a contratação da Latina Ambiental para fazer a limpeza pública em Bariri.
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