Veja números comparativos da Santa Casa de Jaú, entre este ano e 2019
A pandemia do coronavírus reduziu a captação de órgãos humanos para transplantes, porque se um possível doador testar positivo para Covid-19 não tem os órgãos removidos. A informação é da Comissão Intra-Hospitalar de Transplante (CIHT) da Santa Casa de Jaú, que participa do Setembro Verde, mês em que se conscientiza a população e se comemora o Dia Nacional da Doação de Órgãos – a data é festejada neste domingo (27).
Criada em 2007, a CIHT é formada por um médico coordenador, quatro enfermeiras e seis técnicos. Além da pandemia, outro limitador das doações é que “as córneas também deixaram de ser captadas em caso de morte por parada cardíaca”, explica Luciane Carraro, enfermeira coordenadora da comissão. “Elas só podem ser aproveitadas em caso de morte encefálica, condições necessárias para captação dos demais órgãos”.
SANTA CASA – Em Jaú, de janeiro a setembro de 2019 foram registrados 80 procedimentos de doação, sendo 77 de córneas e três de múltiplos órgãos (fígado, rins, pâncreas, coração); em 2020, no mesmo período, foram só 24 doações: 20 córneas e quatro múltiplos órgãos. Hoje também redução de 6,5% na taxa de doadores efetivos, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Dados do Ministério da Saúde indicam quase 47 mil pessoas na fila de espera por transplantes no Brasil.
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