A campanha salarial dos funcionários públicos municipais de Jaú será tema de reunião da bancada de vereadores aliados com o prefeito Ivan Cassaro na manhã desta 2.a feira (21), entre outros assuntos relacionados à sessão legislativa das 16h. A informação é do vereador Lampião, que acredita em um acordo para evitar greve cogitada pela categoria. “Acho que vai chegar em um índice aceitável para as duas partes”, disse o vereador, recém-empossado no lugar de Sabará, que assumiu a Secretaria das Administrações Regionais no distrito de Potunduva.
Por enquanto a prefeitura fez duas contrapropostas aos servidores, ambas rejeitadas: de 5% e de 8% de reajuste, frente aos 25,40% reivindicados, sendo 20,40% de recomposição de perdas e 5% de ganho real sobre os salários. Tanto que na assembleia da última 5.a feira (17) os servidores optaram também por “permanecer em estado de greve, no aguardo de avanços nas negociações”, diz ofício do sindicato protocolado na prefeitura na tarde da 6.a feira (18). O documento esclarece ainda que, “caso não haja acordo nas negociações, poderá ser deflagrada greve”.
A gravidade da situação levou o presidente da Câmara João Brandão a convidar os vereadores para reunião com a diretoria do sindicato na 6.a feira, quando decidiram obstruir a pauta até que a prefeitura ofereça um índice de reajuste salarial minimamente compatível com as perdas inflacionárias da categoria. Os vereadores também elaboraram Moção de Apelo ao prefeito no sentido de um acordo com o funcionalismo para evitar a greve. A data-base dos servidores em Jaú é 1.o de março, o que significa que qualquer reajuste concedido deverá ser retroativo a essa data.
Por sua vez, os servidores pressionam a prefeitura mantendo vigilância permanente no Paço, manifestações nas sessões de Câmara e, no último sábado (19), protesto no Jardim de Baixo para informar a população sobre o que está acontecendo. A prefeitura tem cerca de 3,2 mil servidores e agentes políticos, sendo que mais de 62% deles ganham menos do que R$ 3 mil mensais.
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