Em entrevista exclusiva ao HORAH Marília, prefeito eleito falou que está preparando “uma profunda auditoria” e que busca “os maiores especialistas em economia pública” para auxiliarem na recuperação das finanças municipais
Prefeito eleito de Marília, o deputado Vinicius Camarinha está preocupado com a “situação catastrófica” das contas da Prefeitura e a suposta falta de recursos para pagar fornecedores, servidores e fazer qualquer tipo de investimento. Para ele, a dívida municipal estimada inicialmente em R$ 1,5 bilhão, “pode chegar perto de R$ 1,7 bilhão, R$ 1,8 bilhão”, motivo pelo qual espera que o atual prefeito Daniel Alonso “marque o quanto antes a transição, para que eu possa ter um diálogo pessoal com ele e com seu governo, para poder indicar as pessoas necessárias para fazer o enfrentamento dessa situação”.
Pior do que esse cenário, segundo Vinicius, é que “a conta não fecha e mês a mês vai aumentando e ficando pior”. Tanto que ele já agendou reunião com a FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) da Fundação Getúlio Vargas, porque pretende fazer “uma profunda auditoria” na Prefeitura. “Quero que me indiquem também propostas de solução de gestão. Estou buscando os maiores especialistas em economia pública para nos auxiliar em tudo isso, para que a gente possa tomar providências urgentes”, esclareceu.
CICLOVIA – Vinicius só será empossado prefeito em 1.o de janeiro, mas na 6.a feira 11 já cumpriu agenda com a Rumo Logística, responsável pela malha ferroviária que cruza a região. “Já temos autorização para fazer a ciclovia margeando a ferrovia em Marília, entre Lácio e Padre Nóbrega. O projeto é lindo, porque queremos ocupar o espaço com um parque linear com gramado, playground, academias ao ar livre, espaços pet, bancos etc.”, comentou. “Precisamos começar a mudar o traçado urbano e melhorar a qualidade de vida das pessoas, que podem usar a ciclovia tanto para lazer quanto para ir trabalhar de bicicleta, por exemplo”.
O sonho do futuro prefeito é usar os trilhos da estrada de ferro com um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) entre Lácio e Nóbrega, interligado com os ônibus. Mas há uma preocupação: o anúncio de que a Rumo terá trens de carga cruzando a região a partir de 2028. “O que a população quer é a volta do trem de passageiros, até porque o volume de cargas factíveis de ferrovia é muito pequeno nessa região”, observou Vinicius, sabedor de que essa hipótese traria enormes prejuízos à mobilidade urbana em Marília. “Estou pensando em formar uma união com os prefeitos da região oeste do Estado de São Paulo para discutir o melhor uso da ferrovia em cada cidade”, disse.
NOMES – Questionado por HORAH sobre nomes para o futuro governo, Vinicius falou que aos poucos vai começar a anuncia-los. Como a prioridade dele é resolver os problemas da Saúde, era de se imaginar que já tivesse alguém em vista para a secretaria. “Estou selecionando os melhores nomes para todas as áreas. Vamos chamar quem tem brilho nos olhos, quem quer trabalhar, quem quer produzir, quem tem espírito público”, justificou.
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