Já no início desta 3.a feira 1, por meio do plenário virtual, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) havia confirmado a decisão individual do ministro Alexandre de Moraes na noite de ontem para desbloquear as rodovias em todo o País. Dessa forma, foram atendidos os pedidos da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e do vice-Procurador-Geral Eleitoral. Também ficou decidida uma multa de R$ 100 mil por hora para o caso de descumprimento da ordem por parte do diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, bem como, se necessário, o afastamento dele do cargo. Os bloqueios são atribuídos a manifestantes inconformados com a derrota do presidente Bolsonaro na eleição de domingo 30/10.
Apesar disso tudo e das ordens já distribuídas aos estados e aos Ministérios Públicos (MPs) em cada um deles, o dia amanheceu com diversos bloqueios, especialmente no entorno da Capital. Na região centro-oeste do estado são registrados bloqueios parciais na Rodovia Marechal Rondon em Bauru, Agudos, Lençóis Paulista e em Botucatu (dois sentidos); na SP-333 em Marília (imediações do Posto Gigantão, saída para Lins, onde a rodovia é superposta pela BR-153); na Rodovia Geraldo de Barros em Torrinha; na João Ribeiro de Barros (SP-294) em Pederneiras; e na Raposo Tavares em Assis e Ourinhos. Por meio de nota, a PRF informou que não há mais bloqueios totais na BR-153 nas regiões de Marília, Ourinhos e Guaiçara.
Ontem à tarde houve bloqueios totais em vários pontos da região, inclusive com queima de pneus e galhos para impedir a passagem de veículos. Na Rodovia Leônidas Pacheco Ferreira (SP-304) entre Bariri e Itaju, as pistas foram bloqueadas nos dois sentidos das 14h30 às 15h40; em Pederneiras, na SP-294, moradores da cidade se concentraram no acostamento a partir das 18h e atearam fogo em pneus e galhos; houve bloqueio com fogo também em Tupã, ainda na SP-294; e na SP-333 em Marília. Estudantes que seguiam de van escolar de Jaú para a Unesp Bauru tiveram a passagem impedida e ficaram mais de meia hora parados. “Falaram que estudantes são todos petistas e bateram (com as mãos) na van. Achei que fossem tacar fogo com a gente aqui dentro”, disse uma estudante ao portal G-1. “Todo mundo estava nervoso, foi assustador”.
HORAH – Informação é tudo
