TÉCNICOS DO TRIBUNAL DEVEM FAZER VISTORIA NO PRÉDIO DO CLUBE, QUE REINTEGROU O PATRIMÔNIO PÚBLICO EM 2018, DEPOIS DE 16 ANOS DE DISPUTAS JUDICIAIS
Reportagem publicada com exclusividade pelo HORAH na primeira quinzena de junho denunciando o abandono do AERO Clube, acabou no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o prefeito Ivan Cassaro terá de explicar porque deixou o prédio no estado em que se encontra. “Despacho do conselheiro Robson Marinho à Unidade Regional do TCE de Bauru mandou constar nas contas de 2022 da atual administração o abandono daquele patrimônio público, que será também vistoriado por técnicos do Tribunal”, informou o vereador José Carlos Borgo, que já foi inclusive secretário municipal em gestões anteriores e requereu providências ao MP-Ministério Público e ao TCE em relação ao AERO.
“Com base na reportagem publicada pelo portal de jornalismo HORAH Notícia, tomei conhecimento do abandono do prédio e da situação de calamidade em que ele se encontra, e não tive dúvida em fazer um requerimento via Câmara Municipal para o MP e o TCE”, justificou. “O AERO faz parte da história da nossa cidade e é o símbolo cultural e artístico de gerações que cresceram frequentando seus eventos, bailes e shows”, lembrou o vereador.
O AERO foi reintegrado ao patrimônio público jauense em 8 de março de 2018, depois de 16 anos de disputas judiciais intensas. Ainda na gestão passada, foi reformado e utilizado em diversas ocasiões para shows, apresentações artísticas, encontros culturais e outras atividades; no início do governo Ivan Cassaro, em 2021, chegou a ser usado para inscrição de alunos para o transporte escolar e, logo depois, foi abandonado. “A reportagem do HORAH mostrou que hoje o AERO se encontra totalmente deteriorado”, observou Borgo.
De fato o prédio está em situação de penúria: o forro desabou em vários pontos, o telhado tem graves infiltrações, há tempos que toda a fiação foi furtada e o prédio não dispõe mais de energia elétrica, hidrantes e outros equipamentos foram igualmente subtraídos, portas destruídas, instalações danificadas. Fotos obtidas por HORAH mostravam em junho que até roupas que a população doou para vítimas da enchente de 30/1 estavam jogadas pelo chão do clube e tinham sido pisoteadas por vândalos, sem qualquer providência da administração.
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