A fiscalização de surpresa realizada em 273 unidades de saúde do Estado gerenciadas por organizações sociais sob contratos com o próprio governo ou municípios apontou irregularidades em muitas delas, que vão desde equipamentos médicos quebrados ou fora de uso até instalações precárias, falta do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), má-conservação de móveis e utensílios e pneus ‘carecas’ de ambulâncias. Cerca de 340 agentes do Tribunal de Contas do Estado (TCE) foram incumbidos de fazer as fiscalizações na 5.a feira 20, em 120 municípios, entre os quais Bauru e Marília.
“Não foi relatada nenhuma anormalidade em relação à UPA Norte que está sob a nossa responsabilidade”, informou a superintendente da Associação Beneficente Hospital Universitário (ABHU) de Marília, Márcia Mesquita Serva, ouvida pelo HORAH na manhã desta 6.a feira 21. “Aliás, essa fiscalização veio até em boa hora porque aproveitamos para tirar algumas dúvidas no momento em que estamos na fase final de um contrato e fechamento de outro, o que deverá ocorrer nos próximos 60 dias, assim que for concluído o Chamamento Público”, disse. As dúvidas se referem à renovação dos contratos de trabalho dos funcionários, por exemplo, e outras questões técnicas que precisam ser feitas dentro das normas.
Márcia falou que “essas fiscalizações do Tribunal ocorrem anualmente” e que “já fazem parte da rotina deles”. A ABHU é responsável pela gestão da UPA Norte de Marília e também pelo PA Sul, e acaba de ser classificada em 1.o lugar nas licitações por modalidade de Chamamento Público feitas pela prefeitura para dar sequência aos trabalhos — nesse momento, corre o prazo legal para apresentação de recursos.
BAURU – Os fiscais do TCE atuaram ontem em três UPAs de Bauru e dois hospitais, onde foram encontradas várias falhas. Um aparelho de Raio-X quebrado e um de mamografia fora de uso foram encontrados pelos agentes do Tribunal no Hospital Estadual de Bauru; também foram relatados problemas de conservação da estrutura física de unidades de saúde, com mofo e infiltrações nas paredes; móveis e cadeiras em mau estado; e pneus ‘carecas’ em uma das ambulâncias do serviço público de saúde. Isso tudo vai agora para o relatório gerencial consolidado do TCE que deve sair nos próximos dias, abrindo prazo de 10 dias para justificativas e providências.
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