Famoso no País, o caso das 1.000 búfalas flagradas há quase dois anos em situação de maus-tratos na Fazenda Água Sumida, em Brotas, região de Jaú, sofre uma reviravolta. A tutela dos animais foi tirada da ONG ARA (amor e Respeito Animal) e, até dia 14, será entregue a irmãos do fazendeiro Luís Augusto Pinheiro de Souza, justamente aquele que chegou a ser preso pelos maus-tratos aos animais.
A decisão da Justiça de Brotas foi mantida pelo Tribunal de Justiça no dia 31/10. A causa principal da mudança foi porque a ONG deixou de apresentar documentos de registro, plano de manejo e da manutenção da fazenda. Se nada mudar novamente, assim que a ARA deixar a fazenda, as búfalas passarão para a responsabilidade dos novos tutores, embora outras duas entidades já tenham se interessado em compartilhar cuidados com os animais.

Presidente da ARA, Alex Parente justificou que o plano de manejo “é extremamente complexo, delicado e custoso”, e que nesses quase dois anos procurou priorizar os cuidados com as búfalas. “Nossa prioridade sempre foi a recuperação total dos animais”, explicou por meio de nota distribuída à imprensa, alegando que “a pretensão da ONG sempre foi pelo bem-estar e cuidados” com as búfalas.
A decisão judicial foi tomada pela juíza Marcela Machado Martiniano, que nomeou os irmãos do fazendeiro dono das búfalas como novos tutores dos animais. O Ministério Público (MP) já se manifestou também, defendendo que as búfalas devem ser protegidas e não comercializadas, permanecendo na propriedade. Há dois anos, os animais foram flagrados sem alimentação nem água, muitos subnutridos e grande número já tendo morrido por causa do abandono.
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