Trabalhador soterrado: sindicato diz que não havia equipamento de proteção e leva caso à polícia e MP

Gilson, presidente do sindicato dos servidores de Bariri: manifestação nesta 4.a feira, 2/8 (FOTO: Reprodução vídeo sindicato)

Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bariri (SSPMB), Gilson de Souza Carvalho afirmou ao HORAH que o encanador Adelson Bertoldo, que morreu soterrado em obra do Saemba, o serviço de água e esgoto da cidade, não usava “nenhum equipamento de segurança, num buraco de 4 metros de fundura”. Ele está denunciando a negligência à polícia e ao Ministério Público (MP) nesta 3.a feira (1).

“Estou protocolando ao Promotor de Justiça e na Delegacia de Polícia para saber qual providência será tomada e quem são os culpados pela morte do servidor”, disse. Adelson morreu soterrado no fundo de valeta aberta pelo Saemba para implantação de rede de água às margens da rodovia Jaú-Bariri, no Jardim Garotinho, na tarde da 2.a feira (31). Como já noticiado por HORAH, o Corpo de Bombeiros levou quase 2 horas para resgatar o corpo.

Segundo Gilson, o trabalhador devia estar protegido com equipamento de uso coletivo, “como uma gaiola de proteção ou uma caixa metálica para buracos extensos como este aberto pela autarquia”. O sindicalista garante que o Saemba “já foi notificado anteriormente por quatro vezes, em outras ocasiões, e não cumpriu; esta foi a primeira morte”. O trabalhador será sepultado nesta 3.a feira.

trabalhador morreu em obra do Saemba na tarde da 3.a feira, 31/7 (FOTO: Site Mais Notícias/Reprodução HoraH)

MANIFESTAÇÃO – Amanhã, 7h, o SSPMB fará manifestação em frente ao barracão municipal e, em seguida, no Saemba, e, às 14h, na Prefeitura. Haverá passeata e algumas surpresas que o sindicalista Gilson não contou “para não alertar” a administração do prefeito Abelardinho. A manifestação, segundo ele, já estava programada e se tornou mais necessária com a fatalidade ocorrida na obra do Saemba.

Objetivo do sindicato é cobrar o pagamento do piso da enfermagem, o corte de direitos de servidores do barracão, do social e do transporte (pagamento de insalubridade e horas extras integrais, por exemplo) e “mais respeito com o servidor público em geral” na atual administração. Quanto ao piso da enfermagem, Gilson disse que já fez duas reuniões com a prefeitura, que ficou de mandar o projeto para a câmara, “porém, até o presente momento, não enviou”.

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