Tráfico – DIG ESCLARECE ASSASSINATO DE NETO ALONSO, PRENDE UM ENVOLVIDO E PROCURA OUTRO

Neto tinha 21 anos quando foi morto por causa de drogas (FOTO: Reprodução/arquivo HoraH)

Mais conhecido por Neto Alonso, o assassinato de Dirceu Hilário Ortega Alonso, 21 anos, sobrinho do prefeito de Marília, foi finalmente esclarecido. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) emitiu nota nesta 6a feira (1) confirmando que o jovem foi vítima de traficantes que atuam no Parque das Azaléias, Zona Sul.

Neto desapareceu na noite de 8/1 e, segundo apurado por “exaustivas diligências”, teria sido visto em ponto de tráfico do Azaléias, visto que era, “infelizmente, usuário de cocaína e estaria sob efeito de drogas”, diz a nota. No dia seguinte, Neto teria recebido drogas de um tal de ‘Nando’, 19 anos, para comercializar para terceiros. Porém, ao invés de vender o produto, acabou por consumi-lo.

  • Para resgatar corpo jogado no itambé, bombeiros usaram técnicas de rapel e contaram com apoio do helicóptero Águia da PM (FOTO: Arquivo/HoraH)

O ASSASSINATO – A nota assinada pelo delegado Valdir Tramontini, chefe da DIG, destaca que Neto teria consumido outra partida de drogas também ofertada por ‘Nando’, “fato que lhe causou a morte”. O jovem teria sido violentamente agredido até a morte “a socos e pauladas na cabeça” por ‘Nando’ e ‘Edinho’, 41 anos, morador do Toffoli, bairro vizinho ao Azaléias. Para ocultar o corpo, Neto foi jogado no itambé existente no local e somente encontrado 3 dias depois. Para remover o corpo do desfiladeiro foi necessário apoio de equipes especializadas de resgate do Corpo de Bombeiros e o helicóptero Águia da PM.

HEDIONDO – Exames periciais e necroscópicos concluíram que as fraturas que Neto tinha na cabeça e face eram características de espancamento e não de uma eventual queda no buracão. Algumas lesões e cortes teriam sido produzidas por terceiros, remetendo portanto a um homicídio. Para a polícia, tratou-se de ‘homicídio por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que impossibilitou a defesa do ofendido, o que qualifica o crime como hediondo – pena de 12 a 20 anos de reclusão’.

  • Investigações concluíram que Neto Alonso consumiu partidas de droga que deveriam ser vendidas a terceiros, o que levou à morte dele por espancamento (FOTO: Facebook/Reprodução)

PRISÕES – O delegado Tramontini informou ainda que os investigados foram presos temporariamente e que ‘Nando’ já tinha antecedentes por tráfico. Ele foi preso na manhã da 5a feira (28/2). ‘Edinho’, com passagem na polícia por roubos e posse e tráfico de drogas, permanece foragido – qualquer informação do paradeiro dele deve ser dada à polícia, mesmo que anonimamente, pelo telefone 197.

CASO COMPLEXO – A nota da DIG observa que as investigações foram complexas porque os fatos “ocorreram em loal onde impera a denominada ‘lei do silêncio'”. Segundo o delegado Tramontini, isso “acentua, em muito, a urgente necessidade da imediata criação (em Marília) de rede de apoio para proteção a vítimas e testemunhas, nos moldes da denominada ‘Casa Abrigo’, prevista no artigo 35 da Lei 11 340/06 (‘Maria da Penha’)”.

  • Delegado da DIG, Valdir Tramontini, que chefiou as investigações e esclareceu o homicídio de Neto Alonso (FOTO: Garça Web/Reprodução)

HORAH – Você sabe das coisas