Tragédia de Taguaí – ÔNIBUS TERIA INVADIDO PISTA CONTRÁRIA E DADO DE FRENTE COM CARRETA

Ônibus ficou destruído no acidente que matou mais de 40 pessoas (FOTO: Reprodução Web)

MOTORISTA ALEGOU FALHA NOS FREIOS; VELÓRIOS COLETIVOS MARCARAM DESPEDIDA DAS 41 VÍTIMAS

Velórios coletivos em ginásios de esportes de Itaí atraíram centenas de pessoas entre a noite da 4ª feira (26) e a manhã desta 5ª, na despedida das vítimas da tragédia em rodovia que liga a cidade a Taguaí, próximo à divisa paulista com o Paraná. Dos 41 mortos, a maioria jovens entre 20 e 30 anos de idade, 39 residiam em Itaí; todos trabalhavam em uma empresa têxtil de Taguaí.

Carreta foi parar em plantação agrícola às margens da rodovia; motorista morreu (FOTO: Reprodução Web)

O ônibus que levava os funcionários bateu de frente com uma carreta bitrem carregada de esterco. “No local dos fatos era muito evidente que o ônibus havia invadido a contramão”, declarou em entrevista coletiva a delegada de Taquarituba, Camila Alves, responsável pela investigação do acidente. A dinâmica do acidente, entretanto, depende ainda dos laudos da Polícia Científica.

O condutor da carreta, Geison Machado 22 anos, morreu no acidente. A companheira dele informou ao G1 que ele não tinha habilitação para dirigir caminhão, mas que havia saído de Florestópolis (PR) para descarregar em Taquarituba e, de lá, seguia para Castro (PR), onde morava. O motorista do ônibus sobreviveu e alegou à polícia que teve de diminuir muito a velocidade para não bater em outro veículo que ia à frente, mas que os freios falharam; ao desviar o ônibus para a pista contrária, deu de cara com a carreta.

Delegada Camila Alves diz que evidências são de que ônibus invadiu pista contrária (FOTO: Reprodução Web)
Velórios foram coletivos em ginásios de esportes de Itaí (FOTO: Reprodução Web)

Vários corpos foram mutilados ou ficaram presos nas ferragens do ônibus, exigindo grande esforço do Corpo de Bombeiros para serem removidos. Caminhão frigorífico deu suporte para armazenar os corpos à espera dos exames necroscópicos no IML de Avaré, para onde o Governo do Estado enviou força-tarefa de legistas e outros especialistas. Sobreviventes – 10 no total – foram socorridos a hospitais da região.

Segundo a agência reguladora de transportes do Estado, Artesp, a empresa de ônibus Star Viagens e Turismo não tinha autorização para operar e funcionava clandestinamente. O Jurídico da empresa têxtil em que os funcionários trabalhavam informou que eles recebiam vale-transporte e se quotizavam para contratar o ônibus e viajar diariamente para o serviço.

HORAH – Você sabe das coisas